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Astrônomos encontram exoplaneta parecido com a Terra a apenas 36,5 anos-luz de distância

© Foto / Gabriel Pérez Díaz, SMM (IAC)Impressão artística da super-Terra em órbita ao redor da estrela anã vermelha GJ-740
Impressão artística da super-Terra em órbita ao redor da estrela anã vermelha GJ-740 - Sputnik Brasil, 1920, 27.05.2022
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Orbitando a uma distância próxima da habitável de sua pequena estrela, cientistas localizaram um exoplaneta comparável a uma super-Terra.
Astrônomos confirmaram ter encontrado um exoplaneta com quatro vezes a massa da Terra em torno de uma fraca anã vermelha chamada Ross 508, a apenas 36,5 anos-luz de distância de nós, orbitando a estrela a cada 10,75 dias.
Provavelmente um mundo rochoso ou terrestre, o exoplaneta não deve ter vida tal como a conhecemos. A descoberta, a primeira de uma nova pesquisa usando o Telescópio Subaru do Observatório Astronômico Nacional do Japão (NAOJ, na sigla em inglês) no Havaí, demonstra a eficácia das técnicas usadas para localizar pequenos planetas em torno de estrelas fracas, de acordo com a Science Alert.
A busca por vida em exoplanetas não é exatamente uma tarefa fácil, uma vez que o único modelo que temos é a Terra, ou seja, um planeta relativamente pequeno, orbitando na zona habitável de sua estrela, a uma distância cujas temperaturas são propícias à existência de água líquida na superfície.
O problema por trás dos modelos que usamos hoje para encontrar exoplanetas habitáveis, é que as técnicas utilizadas funcionam melhor em mundos grandes, como gigantes gasosos, orbitando a distâncias muito próximas, muito quentes para ter água líquida.
Atualmente, existem 3.858 exoplanetas identificados pelo telescópio TESS, da NASA, através do método de trânsito que observa estrelas em busca de quedas regulares de luz causadas por um objeto que as orbite regularmente. Através desse trânsito, é possível calcular a massa do exoplaneta através da curvatura da luz.
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A segunda técnica, um pouco mais eficaz, é o método da velocidade radial, também conhecido como wobble ou método Doppler, quando dois corpos estão orbitando um centro de gravidade mútuo. Isso significa que a influência gravitacional de qualquer planeta em órbita resulta em que uma estrela oscile levemente, o que faz com que a técnica seja melhor para detectar exoplanetas menores com órbitas mais amplas.
Em 2019, uma equipe internacional de astrônomos liderada pelo NAOJ embarcou em uma pesquisa usando o Telescópio Subaru para pesquisar estrelas anãs vermelhas fracas em busca de exoplanetas, identificando deslocamentos Doppler em comprimentos de onda infravermelho e infravermelho próximo. Isso permite uma busca de estrelas anãs vermelhas mais fracas e, portanto, mais antigas.
Apesar da distância entre a estrela e o planeta ser menor, a radiação estelar que atinge Ross 508 b é apenas 1,4 vez a radiação solar que atinge a Terra, já que se trata de uma anã vermelha fraca. Isso coloca o exoplaneta muito perto do lado externo da borda interior da zona habitável de sua estrela.
A descoberta é um bom presságio para o futuro. Tais observações podem ajudar os cientistas a caracterizar atmosferas de mundos que podem ser mais habitáveis.
Além disso, Ross 508, com 18% da massa do Sol, é uma das menores e mais fracas estrelas com um mundo em órbita descoberta usando velocidade radial. Isso sugere que futuras pesquisas de velocidade radial em comprimentos de onda infravermelhos têm o potencial para revelar a diversidade de sistemas planetários de estrelas fracas.
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