Militares chineses dizem que patrulhas aéreas e marítimas perto de Taiwan são 'medida necessária'
© AFP 2023 / HANDOUTEsta fotografia tirada e divulgada em 11 de maio de 2018 pelo Ministério da Defesa de Taiwan mostra um caça F-16 da Força Aérea da República da China (Taiwan), à esquerda, voando ao lado de um bombardeiro H-6K da Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China (ELP) em suposto sobrevoo sob o canal de Bashi, ao sul de Taiwan
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Pequim acusa Washington de hipocrisia por aderir oficialmente à política de Uma Só China enquanto apoia os combatentes pela independência de Taiwan.
Nesta quarta-feira (1º), Pequim declarou que o patrulhamento aéreo e marítimo das áreas próximas a Taiwan realizados nesta semana foram uma "medida necessária" contra o "conluio" entre a ilha e Washington, relatou o portal South China Morning Post.
Em um comunicado, o Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular (ELP) chinês explicou que sua missão de patrulha foi uma reação às recentes ações dos EUA em questões relacionadas a Taiwan e acusou Washington de hipocrisia, já que, apesar de o governo norte-americano ter declarado oficialmente sua adesão ao princípio político de Uma Só China, continua a apoiar a ideia de independência da ilha.
"Taiwan é parte da China. As tropas do Comando do Teatro Oriental continuarão a fortalecer o treinamento para se preparar para a batalha, aumentar sua capacidade de completar missões e impedir resolutamente qualquer intervenção estrangeira e conluio sobre a 'independência de Taiwan'", disse o porta-voz do comando, coronel Shi Yi.
Na segunda-feira (30), o Ministério da Defesa de Taiwan informou que 30 aeronaves militares chinesas entraram na parte sudoeste da zona de identificação de defesa aérea da ilha. Em resposta, Taipé mobilizou várias aeronaves de patrulha aérea e implantou sistemas de mísseis antiaéreos para monitorar as atividades das aeronaves chinesas.
O sobrevoo ocorreu depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, declarou durante uma entrevista coletiva no dia 23 de maio sua disposição de usar a força para defender Taiwan, bem como reafirmou o apoio de Washington a outras nações diante de uma possível ameaça de Pequim.
"Concordamos com a política de uma China única e a assinamos. Mas a ideia de que pode ser tomada à força simplesmente não é apropriada", disse o presidente.
No entanto, a Casa Branca rapidamente tentou minimizar as alegações de Biden. "Como disse o presidente, nossa política não mudou", diz um comunicado enviado à imprensa da residência presidencial dos EUA. "Ele reiterou nossa política de Uma Só China e nosso compromisso com a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan. Ele também reiterou nosso compromisso sob a Lei de Relações com Taiwan de fornecer meios militares para se defender", acrescenta a mensagem.