Caça chinês lançou partículas de metal ao interceptar avião de patrulha da Austrália, diz Camberra
11:52 05.06.2022 (atualizado: 11:57 05.06.2022)
© AP Photo / Ministério da Defesa de TaiwanCaça chinês J-16
© AP Photo / Ministério da Defesa de Taiwan
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Um caça chinês se aproximou de um avião de patrulha marítima Boeing P-8 Poseidon da Força Aérea Real da Austrália (RAAF) que operava no mar do Sul da China e lançou contramedidas à base de alumínio que foram sugadas pelos motores do avião australiano, informou no domingo (5) o Ministério da Defesa do país.
"A Defesa informa que, em 26 de maio de 2022, uma aeronave de vigilância marítima P-8 da RAAF foi interceptada por um caça J-16 chinês durante uma atividade de vigilância marítima de rotina no espaço aéreo internacional na região do mar do Sul da China. A interceptação resultou em uma manobra perigosa que representou uma ameaça à segurança da aeronave P-8 e sua tripulação", aponta comunicado do ministério.
Mais tarde no mesmo dia, o ministro da Defesa Richard Marles forneceu informações adicionais sobre o alegado incidente, dizendo que, depois de se aproximar da aeronave australiana e disparar foguetes de sinalização, "o J-16 então acelerou e cruzou à frente do nariz do P-8, colocando-se na frente do P-8 a uma distância muito próxima" e lançando feixes [de metal liberados por aeronave para causar interferência em radares] que contêm pequenos fragmentos de alumínio". Alguns destes pedaços "foram sugados pelo motor da aeronave P-8", disse ele.
© Foto / YouTube / 9 News AustraliaRepresentação artística da interceptação pelo caça chinês do avião de reconhecimento marítimo australiano e lançamento de uma nuvem de fragmentos de metal sugados pelo motor do avião australiano. Captura de tela de uma reportagem do canal 9News Australia
Representação artística da interceptação pelo caça chinês do avião de reconhecimento marítimo australiano e lançamento de uma nuvem de fragmentos de metal sugados pelo motor do avião australiano. Captura de tela de uma reportagem do canal 9News Australia
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Marles afirmou que o incidente "não vai impedir" o seu país de continuar suas atividades de vigilância no mar do Sul da China, acrescentando que a "liberdade de navegação" na região marítima era "fundamentalmente no interesse da nossa nação".
O premiê australiano Anthony Albanese confirmou que ele havia sido informado sobre o incidente, e que a Camberra tinha manifestado suas preocupações a Pequim. Por enquanto as autoridades chinesas não comentaram as alegações da Austrália.