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Professor americano compara danos das sanções para Rússia e para Ocidente: 'O custo será esmagador'
Professor americano compara danos das sanções para Rússia e para Ocidente: 'O custo será esmagador'
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A Rússia pagará custos das sanções ocidentais, mas eles parecem não ser tão graves em comparação com o que todo o mundo viverá em breve, disse em entrevista à... 08.06.2022, Sputnik Brasil
2022-06-08T11:36-0300
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Conforme o professor, as sanções antirrussas foram contraprodutivas e absolutamente ineficazes quanto a alcançar o objetivo estabelecido: "mudar o comportamento" de Moscou.Ao responder à questão sobre o custo dessas sanções para os EUA, a União Europeia e para todo o mundo, Hanke nota que em relação ao assunto há avaliações dos bancos de investimento, bancos centrais, organizações internacionais, como o Fundo Monetário Internacional, e diversas organizações não governamentais.Nas suas palavras, mesmo que os custos econômicos para Moscou sejam massivos, serão insignificantes em comparação com as consequências que os que vivem fora da Rússia vão enfrentar. "Em termos de escala, a UE sofrerá [um enorme] custo, muito maior do que os EUA. Mas os custos e as perturbações causadas pelas sanções não se limitarão à UE e aos EUA. Eles se espalharão por todo o mundo, colocando cargas significativas sobre os países pobres e os povos pobres", avisa o professor.Hanke aponta que o embargo contra os recursos energéticos russos e seu transporte terá um impacto "severo e muito negativo" nos países da UE, com exceção da Hungria.Ao mesmo tempo, o professor criticou as declarações do presidente americano, Joe Biden, de que a inflação nos Estados Unidos teria sido provocada pelas ações da Rússia. Hanke ressaltou que os problemas nos EUA são resultado da política das administrações Biden e Trump, que durante a pandemia da COVID-19 emitiram e gastaram dinheiro como "marinheiros bêbados".Após o início da operação russa na Ucrânia, os países ocidentais endureceram a pressão sancionatória sobre Moscou. Bruxelas considera seriamente a variante de abandonar completamente o petróleo e gás russos. Na semana passada, os representantes permanentes da UE aprovaram definitivamente o sexto pacote de sanções, inclusive o embargo petrolífero e o desligamento de mais bancos russos do sistema SWIFT. Porém, a Hungria conseguiu exceções para si.
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Professor americano compara danos das sanções para Rússia e para Ocidente: 'O custo será esmagador'
A Rússia pagará custos das sanções ocidentais, mas eles parecem não ser tão graves em comparação com o que todo o mundo viverá em breve, disse em entrevista à Asia Times Steve Hanke, professor de economia e fundador do Instituto Johns Hopkins de Economia Aplicada, Saúde Global e Estudo das Empresas.
Conforme o professor, as sanções antirrussas foram contraprodutivas e absolutamente ineficazes quanto a alcançar o objetivo estabelecido:
"mudar o comportamento" de Moscou.
Ao responder à questão sobre o custo dessas sanções para os EUA, a União Europeia e para todo o mundo, Hanke nota que em relação ao assunto há avaliações dos bancos de investimento, bancos centrais, organizações internacionais, como o Fundo Monetário Internacional, e diversas organizações não governamentais.
"Essas avaliações, que têm um caráter aleatório e parcial, sendo apenas a ponta do iceberg, indicam que o custo das sanções será esmagador", ressaltou o especialista.
Nas suas palavras, mesmo que
os custos econômicos para Moscou sejam massivos, serão insignificantes em comparação com as consequências que os que vivem fora da Rússia vão enfrentar. "Em termos de escala, a UE sofrerá [um enorme] custo, muito maior do que os EUA. Mas os custos e as perturbações causadas pelas sanções não se limitarão à UE e aos EUA. Eles se espalharão por todo o mundo,
colocando cargas significativas sobre os países pobres e os povos pobres", avisa o professor.
Hanke aponta que o embargo contra
os recursos energéticos russos e seu transporte terá
um impacto "severo e muito negativo" nos países da UE, com exceção da Hungria.
"Os EUA não escaparão ilesos. Os mercados globais de petróleo e gás se tornam politizados e balcanizados, com o petróleo a não circular tão livremente como nas últimas quatro décadas. Como resultado, todos vão acabar pagando mais do que teria sido o caso de outra forma", acrescentou ele.
Ao mesmo tempo, o professor criticou as declarações do presidente americano, Joe Biden, de que a inflação nos Estados Unidos teria sido provocada pelas ações da Rússia. Hanke ressaltou que os problemas nos EUA são resultado da política das administrações Biden e Trump, que durante a pandemia da COVID-19 emitiram e gastaram dinheiro como "marinheiros bêbados".
Após o início da operação russa na Ucrânia, os países ocidentais endureceram a pressão sancionatória sobre Moscou.
Bruxelas considera seriamente a variante de abandonar completamente o petróleo e gás russos. Na semana passada, os representantes permanentes da UE aprovaram definitivamente
o sexto pacote de sanções, inclusive o embargo petrolífero e o desligamento de mais bancos russos do sistema SWIFT. Porém, a Hungria conseguiu exceções para si.