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Documentos vazados expõem 'Ministério da Verdade' dos EUA
Documentos vazados expõem 'Ministério da Verdade' dos EUA
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Arquivos de denúncias sugerem que o governo norte-americano procurou "operacionalizar" sites de mídia social para combater suposta desinformação. 09.06.2022, Sputnik Brasil
2022-06-09T10:23-0300
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O governo dos EUA planejava usar seu agora arquivado Conselho de Governança da Desinformação (DGB, na sigla em inglês) para fazer com que as plataformas de mídia social removessem postagens que o governo considerava falsas, de acordo com documentos vazados obtidos por parlamentares da oposição. Os senadores republicanos Chuck Grassley (Iowa) e Josh Hawley (Missouri) citaram os arquivos dos denunciantes em uma carta aberta ao chefe do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês), Alejandro Mayorkas, publicada na última quarta-feira (8), na qual eles pressionaram por mais detalhes sobre o polêmico DGB. Lançado pela primeira vez em abril, o conselho foi rapidamente interrompido após uma forte reação pública, quando os críticos o compararam a um "Ministério da Verdade" estatal. Os legisladores disseram que os documentos vazados levantaram "sérias preocupações" sobre a iniciativa.Grassley e Hawley argumentaram que o governo Biden não apresentou uma definição clara de "desinformação" e que o conselho do DHS mostrou um sério preconceito mesmo em seus estágios iniciais, apesar das garantias de que permaneceria apolítico. Em particular, eles apontaram para a autora e "associada de desinformação" Nina Jankowicz, escolhida para chefiar o DGB, alegando que ela é "uma traficante conhecida de desinformação estrangeira e teorias de conspiração liberais". Jankowicz pode ter sido contratada principalmente devido a "seu relacionamento com executivos no Twitter", alegaram os senadores, acrescentando que os documentos vazados mostram que a Casa Branca planejava "operacionalizar" conexões com empresas de mídia social para "implementar seus objetivos de políticas públicas".As notas preliminares do briefing preparadas no final de abril indicam que um alto funcionário do DHS, Robert Silvers, planejava se reunir com executivos do Twitter para discutir o conselho de desinformação, embora ainda não esteja claro se a reunião agendada aconteceu. Os dois senadores pediram que Mayorkas divulgasse mais informações sobre os objetivos do departamento para o DGB, incluindo se alguma vez pediu às empresas de mídia social que "censurassem, sinalizassem, adicionassem contexto ou removessem" postagens de usuários ou banissem contas. Eles também solicitaram documentos e comunicações relacionados a Jankowicz e pediram ao governo que desse sua definição de desinformação acionável, dizendo que deveria "identificar quem exatamente é o responsável final por fazer essa determinação".
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Documentos vazados expõem 'Ministério da Verdade' dos EUA
Arquivos de denúncias sugerem que o governo norte-americano procurou "operacionalizar" sites de mídia social para combater suposta desinformação.
O
governo dos EUA planejava usar seu agora arquivado Conselho de Governança da Desinformação (DGB, na sigla em inglês) para fazer com que as plataformas de mídia social
removessem postagens que o governo considerava falsas, de acordo com documentos vazados obtidos por parlamentares da oposição.
Os senadores republicanos Chuck Grassley (Iowa) e Josh Hawley (Missouri) citaram os arquivos dos denunciantes em uma
carta aberta ao chefe do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês), Alejandro Mayorkas, publicada na última quarta-feira (8), na qual eles
pressionaram por mais detalhes sobre o polêmico DGB.
O departamento "planejou coordenar esforços para alavancar os laços com as plataformas de mídia social para permitir a remoção de conteúdo de usuários", disseram os senadores em um comunicado à imprensa, acrescentando que ele buscava usar sites de big techs para "fazer cumprir sua agenda".
Lançado pela primeira vez em abril, o conselho foi rapidamente interrompido após uma forte reação pública, quando os críticos o compararam a um "Ministério da Verdade" estatal. Os legisladores disseram que os documentos vazados levantaram "sérias preocupações" sobre a iniciativa.
"O DGB foi criado para servir muito mais do que um simples 'grupo de trabalho' para 'desenvolver diretrizes, padrões [e] proteções' para proteger os direitos civis e as liberdades civis", escreveram eles. "Na verdade, os documentos do DHS mostram que o DGB foi projetado para ser o aglomerado central do departamento, câmara de compensação e defensor para a política da Administração e responder a qualquer coisa que ele decidisse ser 'desinformação'."
Grassley e Hawley argumentaram que o governo Biden não apresentou uma definição clara de "desinformação" e que o conselho do DHS mostrou um sério preconceito mesmo em seus estágios iniciais, apesar das garantias de que permaneceria apolítico.
Em particular, eles apontaram para a
autora e
"associada de desinformação" Nina Jankowicz, escolhida para chefiar o DGB, alegando que ela é "uma traficante conhecida de
desinformação estrangeira e teorias de conspiração liberais".
Jankowicz pode ter sido contratada principalmente devido a "seu relacionamento com executivos no Twitter", alegaram os senadores, acrescentando que os documentos vazados mostram que a
Casa Branca planejava "operacionalizar" conexões com empresas de mídia social para
"implementar seus objetivos de políticas públicas".
As notas preliminares do briefing preparadas no final de abril indicam que um alto funcionário do DHS, Robert Silvers, planejava se reunir com
executivos do Twitter para
discutir o conselho de desinformação, embora ainda não esteja claro se a reunião agendada aconteceu.
Os dois senadores pediram que Mayorkas divulgasse mais informações sobre os objetivos do departamento para o DGB, incluindo se alguma vez pediu às empresas de mídia social que
"censurassem, sinalizassem, adicionassem contexto ou removessem" postagens de usuários ou
banissem contas. Eles também solicitaram documentos e comunicações relacionados a Jankowicz e pediram ao governo que desse sua definição de desinformação acionável, dizendo que deveria "identificar quem exatamente é o responsável final por fazer essa determinação".