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Crise de energia: proibição de petróleo russo expõe 'hipocrisia' dos EUA
Crise de energia: proibição de petróleo russo expõe 'hipocrisia' dos EUA
Sputnik Brasil
O fornecimento de petróleo russo para os EUA quase dobrou, apesar das alegações de Washington de que a commodity deveria ser banida, aponta principal aliado de... 08.06.2022, Sputnik Brasil
2022-06-08T12:06-0300
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Os EUA revelaram sua "hipocrisia" ao anunciar a proibição do petróleo russo, enquanto continuam a comprá-lo em grandes quantidades, disse o presidente da Duma russa, Vyacheslav Volodin. Washington alegou que havia restringido todas as importações de petróleo bruto russo, alguns produtos petrolíferos, gás natural liquefeito e carvão, no início de março, como parte das sanções impostas a Moscou pelo conflito na Ucrânia. Dados do Departamento de Energia dos EUA sugerem que "as entregas de petróleo da Rússia quase dobraram em março em relação a fevereiro – de 2.325 milhões para 4.218 milhões de barris, respectivamente", escreveu o presidente do parlamento. O fato de que, ao mesmo tempo, Washington estava pressionando a União Europeia (UE) a desistir do petróleo russo, e conseguiu fazê-lo, é "um sinal claro de dois pesos e duas medidas", disse Volodin. Esse comentário foi em referência às tentativas de Joe Biden de vincular a alta inflação, o aumento dos preços do gás e dos alimentos à operação militar especial russa na Ucrânia, apelidando-os de "aumento de preços de Putin". Após semanas de debate, a UE concordou com uma sexta rodada de sanções contra Moscou no final de maio, que incluiu, entre outras coisas, a proibição do petróleo russo. O bloco decidiu interromper imediatamente 75% das importações e 90% até o final do ano. No entanto, a Hungria e vários outros países receberam uma isenção devido à incapacidade de suas economias de funcionar sem os suprimentos russos.Na semana passada, Biden sugeriu que os EUA poderiam até tentar comprar um pouco de petróleo russo depois que o embargo europeu presumivelmente reduziu seu preço. Há muita consideração sobre o que pode ser feito para talvez até comprar o petróleo, mas a um preço limitado", disse o presidente dos EUA quando perguntado sobre como planejava lidar com os preços recordes do gás. "Haveria uma necessidade esmagadora para os russos de vendê-lo, e seria vendido a um preço significativamente mais baixo do que o mercado está gerando agora", explicou ele. No entanto, a Rússia colocou em dúvida o plano de Biden, com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, insistindo que o país não venderia seu petróleo sem lucro. "A demanda pode cair em um lugar e aumentar em outro. As cadeias de suprimentos serão reorientadas à medida que as partes buscarem as melhores condições para o comércio", disse Peskov.
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economia, américas, eua, joe biden, petróleo e gás, rússia, exportações, crise de energia, kremlin, dmitry peskov, moscou, washington, casa branca
Crise de energia: proibição de petróleo russo expõe 'hipocrisia' dos EUA
O fornecimento de petróleo russo para os EUA quase dobrou, apesar das alegações de Washington de que a commodity deveria ser banida, aponta principal aliado de Putin.
Os EUA revelaram sua "hipocrisia" ao anunciar a proibição do petróleo russo, enquanto continuam a comprá-lo em grandes quantidades, disse o presidente da Duma russa, Vyacheslav Volodin.
Washington alegou que havia
restringido todas as importações de
petróleo bruto russo, alguns produtos petrolíferos, gás natural liquefeito e carvão, no início de março, como parte das sanções impostas a Moscou pelo conflito na Ucrânia.
"O petróleo russo não será mais aceito nos portos dos EUA", prometeu o presidente dos EUA, Joe Biden, na época. Mas a declaração não encontrou apoio na realidade, apontou Volodin em um post no Telegram nesta quarta-feira (8).
Dados do
Departamento de Energia dos EUA sugerem que "as entregas de petróleo da Rússia quase dobraram em março em relação a fevereiro – de
2.325 milhões para 4.218 milhões de barris, respectivamente", escreveu o presidente do parlamento.
Apesar da proibição anunciada, "o nosso país subiu do nono para o sexto lugar no ranking dos maiores fornecedores de petróleo para os EUA", acrescentou.
O fato de que, ao mesmo tempo,
Washington estava pressionando a União Europeia (UE) a
desistir do petróleo russo, e conseguiu fazê-lo, é "um sinal claro de dois pesos e duas medidas", disse Volodin.
"Agora que os políticos e burocratas europeus expliquem a seus cidadãos por que eles deveriam tolerar o 'aumento de preços de Biden'", escreveu ele.
Esse comentário foi em referência às tentativas de Joe Biden de vincular a
alta inflação, o aumento dos preços do gás e dos alimentos à
operação militar especial russa na Ucrânia, apelidando-os de
"aumento de preços de Putin".
Após semanas de debate, a UE concordou com uma
sexta rodada de sanções contra Moscou no final de maio, que incluiu, entre outras coisas, a
proibição do petróleo russo. O bloco decidiu interromper imediatamente 75% das importações e 90% até o final do ano. No entanto, a
Hungria e vários outros países receberam uma isenção devido à incapacidade de suas economias de funcionar sem os suprimentos russos.
Na semana passada,
Biden sugeriu que os EUA poderiam até tentar comprar um pouco de petróleo russo depois que o
embargo europeu presumivelmente reduziu seu preço.
Há muita consideração sobre o que pode ser feito para talvez até comprar o petróleo, mas a um preço limitado", disse o presidente dos EUA quando perguntado sobre como planejava lidar com os preços recordes do gás. "Haveria uma necessidade esmagadora para os russos de vendê-lo, e seria vendido a um preço significativamente mais baixo do que o mercado está gerando agora", explicou ele.
No entanto, a Rússia colocou em dúvida o plano de Biden, com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, insistindo que o país
não venderia seu petróleo sem lucro. "A
demanda pode cair em um lugar e aumentar em outro. As cadeias de suprimentos serão reorientadas à medida que as partes buscarem as melhores condições para o comércio", disse Peskov.