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Durante Cúpula das Américas, EUA dizem que relação com América Latina 'é como um casamento'

© AFP 2023 / Patricl T. FallonA vice-presidente dos EUA Kamala Harris (C) participa de uma reunião com líderes do Caribe durante a 9ª Cúpula das Américas em Los Angeles, Califórnia, 9 de junho de 2022
A vice-presidente dos EUA Kamala Harris (C) participa de uma reunião com líderes do Caribe durante a 9ª Cúpula das Américas em Los Angeles, Califórnia, 9 de junho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 09.06.2022
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Segundo subsecretário do Departamento de Estado, é necessário que os povos latino-americanos reconheçam a necessidade de firmar parceria com Washington. E destaca que, diferente do que se fala geralmente, os EUA comercializam quatro vezes mais com a região do que a China.
Em entrevista publicada pelo jornal O Globo nesta quinta-feira (9), o subsecretário do Departamento de Estado dos EUA, José W. Fernández – que está em Los Angeles para participar da Cúpula das Américas – descreveu a relação entre os EUA e a América Latina como um casamento, onde nem tudo é perfeito, entretanto, moram na mesma casa, compartilham interesses, problemas e têm um diálogo único que não têm com mais ninguém no mundo.
Segundo Fernández, a intenção da cúpula de Biden é criar uma relação "bilateral de cooperação com a região", na qual tanto o lado norte-americano quanto o lado dos países sul-americanos seja ouvido, e destaca que Washington comercializa quatro vezes mais com a América Latina do que Pequim.
"Há um desejo na região de ter um vizinho que os compreenda e que os ajude a fazer o que qualquer governo quer fazer, que é melhorar a vida de seu povo em termos de economia, saúde, segurança. […] Dizemos a eles que o comércio com o hemisfério é quatro vezes maior que o da China, com quem sempre nos comparam. Ainda somos o principal investidor, investimos 50% a mais que o segundo, a China. […] Talvez tenhamos que comunicar ao povo da América Latina o que fazemos", afirmou.
Indagado pelo jornal sobre qual agenda econômica o governo poderá oferecer durante o evento, o subsecretário sublinhou que "há muito a ser feito" em relação às cadeias de suprimento.
"Há muito a ser feito nas cadeias de suprimentos. O que a pandemia e a crise nos mostraram é que dependemos muito da Ásia, não apenas da China. Nos custa muito mais trazer alguns produtos da Ásia do que fabricá-los em Honduras ou no Brasil. [...] Incluirá também o comércio digital, que tem muitas ramificações, como privacidade de dados, segurança, a expansão do 5G. Vamos falar sobre questões de transparência […]."
Manifestantes protestam contra o desmatamento da Amazônia na frente da Embaixada do Brasil em Londres, Inglaterra, 23 de agosto de 2019 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 09.06.2022
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Para Fernández, seria muito importante que "nossos povos reconhecessem a necessidade de cooperação com os EUA", e sobre as nações que foram ao evento, que aconteça "o reconhecimento de que temos muitos interesses em comum".
© Ezequiel BecerraO Subsecretário de Estado José W. Fernández, à esquerda, participa da IV Cúpula da Aliança para o Desenvolvimento na Democracia (ADD), em San José, Costa Rica, em 21 de março de 2022
O Subsecretário de Estado José W. Fernández, à esquerda, participa da IV Cúpula da Aliança para o Desenvolvimento na Democracia (ADD), em San José, Costa Rica, em 21 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 09.06.2022
O Subsecretário de Estado José W. Fernández, à esquerda, participa da IV Cúpula da Aliança para o Desenvolvimento na Democracia (ADD), em San José, Costa Rica, em 21 de março de 2022
Em relação ao casamento entre o país norte-americano e os países sul-americanos, o subsecretário complementa que "estamos percebendo que a vida é muito melhor se pudermos viver juntos do que separados. Tenho muita esperança, […] na história tivemos altos e baixos, e isso nos mostrou que, se fizermos bem, com respeito, ambos podemos nos beneficiar. Essa é a minha esperança", acrescentou.
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