Parlamentares pedem a Biden revisão de sanções a Cuba que bloqueiam vacinas contra COVID-19
20:00 16.06.2022 (atualizado: 13:38 17.06.2022)
© AP Photo / Patrick SemanskyPresidente dos EUA, Joe Biden fala na Sala Leste da Casa Branca, em Washington, em 13 de junho de 2022 (foto de arquivo)
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Um grupo de 26 parlamentares dos Estados Unidos entregou, nesta quinta-feira (16), uma carta ao presidente norte-americano, Joe Biden, em que pedem a revisão da política de sanções de seu governo a Cuba, de modo a permitir o fluxo de suprimentos médicos, incluindo vacinas contra a COVID-19, para a ilha.
Nos últimos anos, o Estado socialista produziu cinco vacinas contra a COVID-19 e uma vacina contra o câncer de pulmão, entre outros medicamentos essenciais. Além disso, devido à qualificação do país na saúde, seu corpo de profissionais tem levado cuidados médicos a países mais pobres.
"À medida que nossa nação e o mundo continuam a enfrentar a pandemia de COVID-19, pedimos que você explore as possibilidades de se envolver com Cuba em questões de saúde global", escreveram os legisladores, liderados pela deputada Ayanna Pressley (D-MA).
No documento, os parlamentares pedem ao governo "maior equidade global de vacinas". Segundo eles, é preciso "garantir que as sanções dos EUA não impeçam os esforços atuais ou futuros de Cuba para compartilhar vacinas contra COVID-19 e tecnologias afins, além de suporte médico, com países de baixa renda em todo o mundo".
"O objetivo de Cuba de vacinar pessoas em países de baixa renda oferece uma oportunidade importante e uma ponte para que nossas nações trabalhem juntas mais uma vez em questões urgentes de saúde que o mundo enfrenta", acrescentaram.
© AP Photo / Ramon EspinosaBandeira cubana tremula ao lado de bandeira americana perto da Embaixada dos EUA em Havana, em Cuba, 17 de maio de 2022
Bandeira cubana tremula ao lado de bandeira americana perto da Embaixada dos EUA em Havana, em Cuba, 17 de maio de 2022. Foto de arquivo
© AP Photo / Ramon Espinosa
Cuba está sob sanções dos EUA desde a revolução socialista, que derrubou o ditador Fulgencio Batista, apoiado pelos norte-americanos, em 1959.
Os bloqueios a Cuba estrangularam a economia local e privaram o país do comércio com os EUA, seu antigo maior parceiro, mas não chegaram perto de derrubar o governo.
Desde então Cuba se tornou importante aliada de Estados socialistas, contando com boa relação comercial com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Após a dissolução da URSS, em 1991, Cuba enfrentou novas dificuldades, mas mantém seu sistema até os dias atuais.