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Museus sudaneses pedem devolução de artefatos levados por colonizadores britânicos

© AP Photo / Richard LewisNeil McGregor, então diretor do Museu Britânico, em Londres, ao lado de um casaco acolchoado e um capacete de um cavaleiro do Sudão, em 12 de agosto de 2004
Neil McGregor, então diretor do Museu Britânico, em Londres, ao lado de um casaco acolchoado e um capacete de um cavaleiro do Sudão, em 12 de agosto de 2004 - Sputnik Brasil, 1920, 20.06.2022
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Funcionários do Museu Nacional do Sudão esperam a devolução de artefatos de "valor inestimável" e partes de "corpos levados por soldados britânicos, administradores coloniais e viajantes".
Em uma lista que inclui itens como valiosas armaduras, armas, roupas e os estandartes de combatentes que resistiram à força britânica que invadiu e colonizou o Sudão há mais de 120 anos, o pedido das autoridades sudanesas chegou ao Reino Unido.
Os itens mais controversos são dois crânios retirados do campo de batalha onde guerreiros sudaneses tentaram impedir o avanço da força britânica e egípcia que caracterizou a Batalha de Ondurmã, em 1898.
"Temos que fazer uma grande campanha. Essas pessoas são nossos irmãos, nossos heróis. Eles unificaram e defenderam nosso país. É uma história muito especial de resistência ao imperialismo. Seus descendentes deveriam ver tudo isso daqui", disse Eglal el-Malik, diretor do museu sudanês.
© Foto / Divulgação / Royal ArmouriesArmadura sudanesa compreendendo um casaco acolchoado (jibbah) com saias divididas para montar e um capacete com uma cota de malha. Provavelmente chegou ao Sudão no fim do século XIX
Um conjunto de armaduras sudanesas compreendendo um casaco acolchoado (jibbah) com saias divididas para montar e um capacete com uma cota de malha. Provavelmente chegou ao Sudão no final do século XIX. - Sputnik Brasil, 1920, 20.06.2022
Armadura sudanesa compreendendo um casaco acolchoado (jibbah) com saias divididas para montar e um capacete com uma cota de malha. Provavelmente chegou ao Sudão no fim do século XIX
Segundo ele, existem milhares de itens do Sudão em coleções britânicas espalhadas pelo mundo — lembrando que o domínio colonial do Reino Unido durou até 1956.
Os dois crânios, mantidos pelo Museu Anatômico, em Edimburgo, na Escócia, foram levados pelo explorador Reginald Koettlitz e pelo empresário Henry Wellcome e fazem parte do grande número de restos humanos removidos por europeus ocidentais da África.
Esses remanescentes foram frequentemente usados ​​em pesquisas pseudocientíficas para apoiar teorias racistas durante e imediatamente após a corrida para colonizar o continente no fim do século XIX.
Autoridades sudanesas disseram que gostariam de ver muitos dos itens em exibição em um novo museu a ser inaugurado em Ondurmã nas próximas semanas, que contará, de uma nova perspectiva, a história de como os britânicos colonizaram o Sudão.

"Quero mostrar os detalhes reais da Batalha de Ondurmã e não posso fazer isso sem todos os itens. É muito importante que o povo sudanês saiba", disse o curador Ahmed Mohammed ao jornal The Guardian.

Há um grande número de itens arqueológicos e outros itens valiosos do Sudão no exterior, incluindo um busto do imperador romano Augusto, que está em Londres, e uma coleção inestimável de joias de ouro saqueadas de túmulos reais.
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