Washington deve levar a sério o aviso de Putin, recomenda mídia espanhola
11:29 20.06.2022 (atualizado: 11:39 20.06.2022)
© Sputnik / STRINGERPresidente norte-americano, Joe Biden, com a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, e o presidente finlandês, Sauli Niinisto, durante declaração conjunta para a imprensa após reunião na Casa Branca
© Sputnik / STRINGER
Nos siga no
Os Estados Unidos estão provocando uma terceira guerra mundial ao ignorar o aviso de Putin, conforme mídia espanhola. De acordo com o jornalista Umberto Mazzei do jornal Rebelión, Washington deve levar a sério o aviso do presidente russo Vladimir Putin sobre o fim do fornecimento de armas à Ucrânia.
"É uma loucura provocar uma potência nuclear, capaz de derrotar os seus adversários em qualquer parte do mundo. Não é difícil entender que o fornecimento de armas à Ucrânia só faz com que se prolongue o conflito que pode se transformar na terceira guerra mundial", afirma o colunista.
Segundo o autor do artigo, os Estados Unidos estão tentando se aproveitar da crise ucraniana para manter a sua hegemonia no mundo.
"O fim do conflito favorável a Moscou implica a perda do prestígio de Washington como polícia mundial. A política de atrasar a vitória russa faz lembrar a tentativa dos nazistas de usar os ucranianos contra a União Soviética", diz o autor do artigo, salientando que a vitória da Rússia está se tornando cada vez mais óbvia e inevitável.
O colunista também chamou atenção para as tentativas de Washington de se apresentar como "espectador neutro" no conflito.
© Sputnik / STRINGER / Acessar o banco de imagensPresidente norte-americano, Joe Biden depois da assinatura da lei Lend-Lease para Ucrânia, Casa Branca, Washington
Presidente norte-americano, Joe Biden depois da assinatura da lei Lend-Lease para Ucrânia, Casa Branca, Washington
© Sputnik / STRINGER
/ "Os Estados Unidos buscam controlar a situação internacional entre bastidores, usando os intermediários como bucha de canhão e conseguindo lucro em troca da sangre alheio", destaca-se na publicação.
Essa política, diz o autor, se torna cada vez mais óbvia para todos os europeus, exceto para a Comissão Europeia em Bruxelas e um grupo de servidores de Washington.
"A Europa deve abrir os olhos para o seu suposto amigo que almeja convencê-la a impor sanções sem sentido que a obrigam a comprar um gás liquefeito 40% mais caro que o gás russo", recomenda Mazzei.
Ao concluir, o autor do artigo diz que a crise ucraniana demonstra o fim da hegemonia dos EUA e o colapso da ordem mundial determinada apenas por Washington.
Desde 24 de fevereiro, a Rússia conduz uma operação especial militar para desmilitarização e desnazificação da Ucrânia. Segundo o presidente russo Vladimir Putin, o objetivo da operação é defender as pessoas que ao longo de oito anos têm sofrido genocídio por parte do regime de Kiev. O Ocidente, devido à operação militar, reforçou a sua política de sanções contra Moscou.