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Economista: Ocidente pode sair derrotado em nova 'guerra fria com Rússia e China'
Economista: Ocidente pode sair derrotado em nova 'guerra fria com Rússia e China'
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Os EUA entraram na era de nova "guerra fria" com a Rússia e a China, mas o Ocidente aposta na hegemonia global em vez da defesa de seus valores, escreve o... 23.06.2022, Sputnik Brasil
2022-06-23T07:38-0300
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Na opinião do economista, durante duas décadas após a queda da Cortina de Ferro, os EUA eram obviamente o "número um" no mundo. Porém, depois aconteceram as guerras desastrosas no Oriente Médio, o colapso financeiro de 2008 e o aumento da desigualdade", o que colocou em dúvida a supremacia de Washington na arena mundial.Stiglitz nota a inevitabilidade de a China "superar os EUA economicamente". Do ponto de vista do autor, a América "não é capaz de vencer no novo confronto de grandes potências sozinha; precisa de amigos". Contudo, nos últimos anos, nota o artigo, os aliados norte-americanos têm tido cada vez mais razões para duvidar da confiabilidade de Washington como parceiro.O economista ilustra o argumento sobre o racismo com o "apartheid de vacinas", quando os países ricos obtiveram todos os imunizantes necessários contra o coronavírus, "enquanto as pessoas em países mais pobres foram deixadas aos seus destinos". Ao mesmo tempo, destaca Stiglitz, a China e a Rússia disponibilizaram suas vacinas para outros países.Segundo o economista, Pequim obteve sucesso em dotar muitos países pobres de infraestrutura complexa, tendo fortalecido ainda mais sua influência."Devemos oferecer ajuda concreta aos países em desenvolvimento e aos mercados emergentes, começando com a renúncia a toda a propriedade intelectual relacionada à COVID-19 para que eles possam produzir vacinas e tratamentos para si mesmos", resumiu Stiglitz.
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Economista: Ocidente pode sair derrotado em nova 'guerra fria com Rússia e China'
Os EUA entraram na era de nova "guerra fria" com a Rússia e a China, mas o Ocidente aposta na hegemonia global em vez da defesa de seus valores, escreve o economista americano e vencedor do Prêmio Nobel da Economia, Joseph Stiglitz, em seu artigo para o portal Scheerpost.
"Os Estados Unidos parecem ter entrado em uma nova 'guerra fria' com a China e a Rússia. Mas o retrato que os líderes americanos fazem do que eles dizem ser o confronto entre a democracia e o autoritarismo não passa no teste, especialmente em um momento em que os mesmos líderes estão ativamente cortejando um sistemático violador dos direitos humanos como a Arábia Saudita. Tal hipocrisia sugere que é, pelo menos em parte, a hegemonia global, e não os valores, que está realmente em jogo."
Na
opinião do economista, durante duas décadas após a queda da Cortina de Ferro, os EUA eram obviamente
o "número um" no mundo. Porém, depois aconteceram as guerras desastrosas no Oriente Médio, o colapso financeiro de 2008 e o aumento da desigualdade", o que colocou em dúvida
a supremacia de Washington na arena mundial.
Stiglitz nota a inevitabilidade de a China "superar os EUA economicamente". Do ponto de vista do autor, a América "não é capaz de vencer no novo
confronto de grandes potências sozinha;
precisa de amigos". Contudo, nos últimos anos, nota o artigo, os aliados norte-americanos têm tido cada vez mais razões para duvidar da confiabilidade de Washington como parceiro.
"Trump fez tudo o que podia para afastar esses países, e os republicanos - ainda totalmente obrigados a ele - deram fortes motivos para questionar se os EUA são realmente um parceiro confiável [...] Em busca dos 'corações' do mundo, os EUA terão que recuperar muito terreno perdido. Sua longa história de exploração de outros países não ajuda, e nem seu racismo profundamente enraizado - uma força que Trump hábil e cinicamente canaliza", constata a matéria.
O economista ilustra o argumento sobre o racismo com o "apartheid de vacinas", quando os países ricos obtiveram todos os imunizantes necessários contra o coronavírus, "enquanto as pessoas em países mais pobres foram deixadas aos seus destinos". Ao mesmo tempo, destaca Stiglitz, a China e a Rússia disponibilizaram suas vacinas para outros países.
Segundo o economista, Pequim obteve sucesso em dotar muitos países pobres de infraestrutura complexa, tendo fortalecido ainda mais sua influência.
"Devemos oferecer ajuda concreta aos países em desenvolvimento e aos mercados emergentes, começando com a renúncia a toda a propriedade intelectual
relacionada à COVID-19 para que eles possam produzir vacinas e tratamentos para si mesmos", resumiu Stiglitz.