Em exercício conjunto, EUA ajudam Israel a se preparar para 'escalada' militar no norte do país

© AFP 2023 / Forças de Defesa de IsraelSodados da FDI durante exercícios militares em Chipre, 2 de junho de 2022
Sodados da FDI durante exercícios militares em Chipre, 2 de junho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 23.06.2022
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Israel e os Estados Unidos realizaram manobras militares conjuntas, destinadas a coordenar os sistemas de defesa aérea, de inteligência e logística caso se desencadeiam combates com grupos armados no sul do Líbano, relatou o jornal Haaretz nesta quarta-feira (23).
Conduzidas durante a semana passada pelo Comando Central dos EUA (CENTCOM) e as Forças de Defesa de Israel (FDI), as manobras foram destinadas a preparar os dois países para "uma escalada militar na frente norte de Israel", de acordo com o jornal.
No entanto, embora o CENTCOM e as FDI tenham simulado vários cenários, os dois lados não discutiram a possibilidade de "envolvimento americano ativo" em ataques israelenses contra o Hezbollah, grupo militante e organização política no Líbano que entra regularmente em confronto com Israel desde a sua criação nos anos 1980.

Os exercícios focaram-se no potencial de combate no norte de Israel, bem como na possível resposta ao "envolvimento iraniano ao lado do Hezbollah no Líbano", acrescentou o Haaretz.

Embora os laços militares dos EUA com Israel tenham sido anteriormente coordenados por meio do Comando Europeu (EUCOM), essas responsabilidades foram passadas para o CENTCOM em setembro passado. A mudança resultou em maior cooperação entre os dois lados, incluindo a última rodada de exercícios. Tais treinamentos não eram realizados há vários anos, concentrando-se apenas em sistemas defensivos.
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Recentemente, as FDI anunciaram um plano de exercícios militares na fronteira com o Líbano, inclusive de artilharia, embora não tenham mencionado qualquer envolvimento americano.
A atividade militar ocorre em meio a uma disputa territorial entre Israel e o Líbano, com os dois lados colocando reivindicações concorrentes em relação a áreas ricas em recursos energéticos do Mediterrâneo. No início deste mês, o presidente libanês, Michel Aoun, alertou que qualquer tentativa de explorar as riquezas offshore sem primeiro resolver a disputa seria vista como uma "provocação".
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