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Solidariedade da UE à Ucrânia 'é uma farsa', escreve The Spectator

© AFP 2023 / SERGEI SUPINSKYPresidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, durante a reunião com os líderes da UE em Kiev, 16 de junho de 2022
Presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, durante a reunião com os líderes da UE em Kiev, 16 de junho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 23.06.2022
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A integração oficial da Ucrânia na lista dos países candidatos a ser membros da União Europeia não é um evento tão marcante como a própria união tenta representar, escreve a revista The Spectator.
"E inscrição formal da Ucrânia nesta lista se parece mais com um exercício de relações públicas de Bruxelas, que está desesperada para mostrar seu apoio a uma boa causa, do que um compromisso sério para qualquer coisa mais além", afirma o autor do artigo, Andrew Tettenborn.
O observador relembrou que o status de candidato não garante a ingressão rápida e de pleno direito na UE e nem descarta a possibilidade de novos problemas a caminho para a adesão. Além da Ucrânia, estão também agora na fila a Albânia, Macedônia do Norte, Montenegro, Sérvia e Turquia.
Além disso, dentro do mesmo bloco há muitos atritos: Portugal, Países Baixos e Dinamarca, conforme vários relatos, "não se sentem muito ansiosos" em admitir a Ucrânia. A Finlândia apontou a necessidade de realizar reformas amplas, enquanto a Bélgica ressaltou que o ingresso de Kiev à UE levará muito tempo, acrescentou Tettenborn.
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Os problemas adicionais para o bloco no caso da adesão final de Kiev serão criados pelos "40 milhões de cidadãos raivosos" e sua possível prontidão de tomar parte da Polônia e Hungria que frequentemente opõem-se à ordem geral.

No entanto, "o presidente Vladimir Zelensky não é tolo": ele entenderá que, além de declarações, seu país não obterá nada, resumiu o observador.

Na semana passada, a Comissão Europeia recomendou atribuir a Ucrânia e Moldávia status de candidatos à UE. A decisão será tomada pelos líderes da união na cúpula entre 23 e 24 de junho.
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