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Segurança energética: Japão seguirá retomada de usinas nucleares, diz premiê Kishida

© Sputnik / Vitaly BelousovO então ministro das Relações Exteriores japonês, Fumio Kishida, durante coletiva de imprensa ao lado de seu equivalente russo, Sergei Lavrov, e do ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, em Tóquio, em 20 de março de 2017
O então ministro das Relações Exteriores japonês, Fumio Kishida, durante coletiva de imprensa ao lado de seu equivalente russo, Sergei Lavrov, e do ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, em Tóquio, em 20 de março de 2017 - Sputnik Brasil, 1920, 28.06.2022
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Nesta terça-feira (28), o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, afirmou que seu governo pretende manter o plano de retomar usinas nucleares no país, assim como construir duas novas usinas termoelétricas. Os esforços buscam garantir a segurança energética nacional.
O premiê salientou que as autoridades nucleares japonesas apoiam essa posição. O governo japonês pode solicitar às companhias de energia a restauração do funcionamento de termoelétricas e usinas nucleares para garantir a energia necessária nos próximos meses.

"A posição central do governo é conseguir o máximo da energia nuclear. Junto com o regulador nuclear, pretendemos realizar esforços para acelerar as consultas necessárias para isso", disse o líder japonês.

O verão japonês costuma ser um período de maior consumo de eletricidade devido às altas temperaturas, que induzem o maior uso de aparelhos e sistemas de ar-condicionado nas casas, escritórios, lojas e no transporte.
Na segunda-feira (27), o governo japonês chegou a pedir aos cidadãos e empresas de Tóquio que economizem energia devido ao risco crescente de um blecaute na região, publicou o Financial Times. Essa é a segunda vez que a região enfrente um alerta como esse neste ano, o que deve ampliar o debate em relação ao uso da energia nuclear no país.
© AFP 2023 / STR/JIJI PRESS Passageiros esperam em estação enquanto serviços de trem são suspensos em Tóquio em 7 de outubro de 2021, depois que um terremoto de magnitude 6,1
Passageiros esperam em estação enquanto serviços de trem são suspensos em Tóquio em 7 de outubro de 2021, depois que um terremoto de magnitude 6,1 - Sputnik Brasil, 1920, 28.06.2022
Passageiros esperam em estação enquanto serviços de trem são suspensos em Tóquio em 7 de outubro de 2021, depois que um terremoto de magnitude 6,1
Em outra declaração recente, Kishida chegou a afirmar que as usinas nucleares ativas no país seriam "usadas ao máximo" para garantir a energia necessária, conforme citou a agência Nikkei Asia. Desde o desastre de Fukushima, em 2011, o Japão desativou dezenas de usinas nucleares.

"Faremos o nosso melhor para garantir o volume de energia necessário neste verão. Durante o período, quando o perigo de ondas de calor aumenta, não economizaremos eletricidade e usaremos os aparelhos de ar-condicionado com sabedoria para superar essa ameaça", disse Kishida durante coletiva de imprensa, acrescentando que duas usinas termoelétricas devem ser reativadas em breve no Japão.

© AFP 2023 / STRO diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi (2º à direita) em frente aos tanques de armazenamento de água radioativa em visita à usina nuclear da Tokyo Electric Power Company Holdings (TEPCO), Fukushima Daiichi em Okuma, prefeitura de Fukushima, 19 de maio de 2022
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi (2º à direita) em frente aos tanques de armazenamento de água radioativa em visita à usina nuclear da Tokyo Electric Power Company Holdings (TEPCO), Fukushima Daiichi em Okuma, prefeitura de Fukushima, 19 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 28.06.2022
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi (2º à direita) em frente aos tanques de armazenamento de água radioativa em visita à usina nuclear da Tokyo Electric Power Company Holdings (TEPCO), Fukushima Daiichi em Okuma, prefeitura de Fukushima, 19 de maio de 2022
O premiê japonês também comentou sobre possíveis restrições a serem impostas sobre os preços do petróleo russo. Kishida afirmou que trabalhará nesse sentido junto a outros países enquanto protege os interesses japoneses.
Tendo em vista a atual situação, o governo do Japão está preocupado com possíveis quedas de energia com a chegada do próximo inverno. A expectativa é que a escassez de energia no país neste período seja a pior desde 2012, quando a operação das usinas nucleares japonesas foi interrompida após o desastre de Fukushima.
Além de pedidos para o religamento de usinas nucleares, as empresas de energia japonesas podem ser instruídas a avisar com antecedência os cidadãos sobre possíveis dificuldades no fornecimento de energia.
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