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Rover Curiosity da NASA mede pela 1ª vez ingrediente-chave da vida em Marte

© Foto / NASA/JPL-Caltech/MSSSRover Curiosity faz selfie em Vera Rubin Ridge em Marte, 11 de outubro de 2019
Rover Curiosity faz selfie em Vera Rubin Ridge em Marte, 11 de outubro de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 30.06.2022
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As amostras de rochas marcianas coletadas pelo rover Curiosity da NASA mostram sinais de componentes-chave para a vida como a conhecemos na Terra.
Os resultados da pesquisa foram publicados na segunda-feira (27) na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
O rover marciano Curiosity perfurou amostras da cratera Gale, o local de um antigo lago em Marte. Usando essas amostras, os cientistas conseguiram, pela primeira vez, medir a quantidade total de carbono orgânico nas rochas marcianas, de acordo com um comunicado da NASA.
O carbono orgânico, que é o carbono ligado a um átomo de hidrogênio, é um pré-requisito para moléculas orgânicas criadas e usadas por todas as formas conhecidas de vida, escreve o portal Space.com. No entanto, o carbono orgânico também pode vir de fontes não vivas, como meteoritos e erupções vulcânicas. Enquanto estudos anteriores detectaram carbono orgânico em quantidades menores em amostras de rocha marciana, as novas medições fornecem informações sobre a quantidade total de carbono em compostos orgânicos.
"O carbono orgânico total é uma das várias medições [ou índices] que nos ajudam a entender quanto material está disponível como matéria-prima para a química prebiótica e potencialmente a biologia", explica Jennifer Stern, autora principal do estudo e cientista espacial do Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA em Greenbelt, estado de Maryland.

"Encontramos pelo menos de 200 a 273 partes por milhão de carbono orgânico. Isso é comparável ou até mais do que a quantidade encontrada em rochas em locais [com índice] de vida muito baixa na Terra, como partes do deserto de Atacama na América do Sul, e mais do que foi detectado em meteoritos de Marte", acrescentou.

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As amostras de Marte foram coletadas de rochas de ardósia de 3,5 bilhões de anos na formação Yellowknife Bay da cratera Gale, que o Curiosity tem explorado desde 2012. Os cientistas acham que os sedimentos foram formados através de erosão física e química de rochas vulcânicas, antes de se depositarem no fundo do lago.
No entanto, além do carbono orgânico, os pesquisadores identificaram outros sinais que sugerem que a cratera Gale pode ter suportado vida, incluindo a presença de fontes de energia químicas e compostos químicos como oxigênio, nitrogênio, enxofre e baixa acidez.
"Basicamente, esse local teria oferecido um ambiente habitável para a vida, se ela estivesse presente", explica o comunicado.
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