Estimativa da inflação na zona do euro sobe para 8,6%, diz União Europeia
00:19 02.07.2022 (atualizado: 00:25 02.07.2022)
© AP Photo / Matthias SchraderCédulas de euro em Munique, Alemanha, 30 de março de 2022
© AP Photo / Matthias Schrader
Nos siga no
Na sexta-feira (1º), o escritório estatístico da União Europeia (UE), Eurostat, divulgou uma estimativa apontando que a inflação anual na zona do euro deve subir 0,5% entre maio e junho e chegar a 8,6%.
Conforme os dados do Eurostat, o setor de energia foi responsável por 2,8 pontos percentuais da inflação anual em junho de 2022, seguido dos alimentos, com 1,4 pontos percentuais. A inflação também subiu nos serviços e no setor de bens industriais não energéticos.
De acordo com a estimativa, os países com as maiores taxas de inflação na zona do euro em junho são Estônia (22%), Lituânia (20,5%), Letônia (19%), Eslováquia (12,5%) e a Grécia (12%). Apenas dois países na região tiveram recuos na taxa anual de inflação: Alemanha (-0,5%) e Países Baixos (-0,3%). A inflação total nesses países é de, respectivamente 8,2% e 9,9%.
A zona do euro é composta pelos 19 países da União Europeia (UE) que adotaram o euro como moeda.
© AP Photo / Jean-Francois BadiasA presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa durante debate da União Europeia em Estrasburgo, na França, em 4 de maio de 2022
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa durante debate da União Europeia em Estrasburgo, na França, em 4 de maio de 2022
© AP Photo / Jean-Francois Badias
Itália e Áustria têm maior inflação em décadas
Na Itália, a inflação chegou a 8%, a maior taxa em 36 anos, puxada pelo aumento de preços de energia, alimentos processados e serviços de transportes, conforme divulgou o Instituto Nacional de Estatística.
Já a Áustria enfrenta o maior aumento inflacionário em 47 anos, com 8,7%, conforme dados publicados pelo governo austríaco.
"Isso [a estimativa de aumento da inflação] significa que a taxa de inflação subiu ao maior nível desde setembro de 1975", disse o chefe do escritório de estatísticas do país, Tobias Thomas. Segundo ele, além do aumento de preços de combustíveis, o país convive com altas nos alimentos e restaurantes.