Ministro da Economia alemão teria subdimensionado dependência do petróleo russo, diz jornal
02:37 03.07.2022 (atualizado: 04:25 03.07.2022)
© AP Photo / Markus SchreiberO ministro da Economia e do Clima da Alemanha, Robert Habeck, apresenta gráficos sobre as reservas de gás alemãs durante uma conferência em Berlim, Alemanha, 23 de junho de 2022
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O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, teria mostrado estatísticas relacionadas à dependência alemã da importação de petróleo russo que não correspondem à realidade, segundo a mídia local.
Conforme publicou o jornal alemão Welt am Sonntag, no sábado (2), Habeck afirmou, em abril, que as importações de petróleo bruto da Rússia não passavam de 12% do total e que a Alemanha estaria pronta para interromper o fornecimento russo.
Na verdade, Habeck teria subdimensionado a situação. O jornal alemão obteve dados do Ministério da Economia da Alemanha que mostram uma situação diferente. De acordo com as estatísticas reais, as importações de petróleo russo pela Alemanha chegaram a 27,8% do total em maio. Em março, a parcela era ainda maior, chegando a 37%.
As informações foram obtidas através de pedido do vice-presidente do partido União Democrática Cristã (CDU, na sigla em alemão), Jens Spahn.
Apesar disso, o ministro da economia alemão afirmou à publicação que o país mantém os planos de se tornar totalmente independente do petróleo russo ainda neste ano.
© Sputnik / Sergei GuneevO chanceler alemão, Olaf Scholz, durante coletiva de imprensa após encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou, 15 de fevereiro de 2022
O chanceler alemão, Olaf Scholz, durante coletiva de imprensa após encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou, 15 de fevereiro de 2022
© Sputnik / Sergei Guneev
A Alemanha, assim como diversos países europeus, impôs uma série de sanções contra a Rússia desde o início da operação militar russa na Ucrânia. Essas sanções incluem o setor de energia. Apesar da alta dependência e do aumento dos preços no mercado doméstico, Berlim segue anunciando esforços para zerar as importações de hidrocarbonetos da Rússia.