Ministros britânicos renunciam e elevam pressão sobre Boris Johnson
14:34 05.07.2022 (atualizado: 16:55 05.07.2022)
© AFP 2023 / Mídia AssociadaPrimeiro-ministro britânico, Boris Johnson, fala durante sessão semanal na Câmara dos Comuns, em Londres, em 15 de junho de 2022 (foto de arquivo)
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O ministro das Finanças, Rishi Sunak, e o secretário de Estado da Saúde, Sajid Javid, anunciaram o rompimento e a saída do governo do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, nesta terça-feira (5), devido a desacordos com seus métodos de liderança.
Ambos se manifestaram nas redes sociais, explicando as razões da decisão, e publicaram suas cartas de renúncia.
The public rightly expect government to be conducted properly, competently and seriously.
— Rishi Sunak (@RishiSunak) July 5, 2022
I recognise this may be my last ministerial job, but I believe these standards are worth fighting for and that is why I am resigning.
My letter to the Prime Minister below. pic.twitter.com/vZ1APB1ik1
O público, com razão, espera que o governo seja conduzido de forma adequada, competente e séria.
Reconheço que este pode ser meu último cargo ministerial, mas acredito que vale a pena lutar por esses padrões, e é por isso que estou me demitindo.
Minha carta ao primeiro-ministro abaixo.
Reconheço que este pode ser meu último cargo ministerial, mas acredito que vale a pena lutar por esses padrões, e é por isso que estou me demitindo.
Minha carta ao primeiro-ministro abaixo.
I have spoken to the Prime Minister to tender my resignation as Secretary of State for Health & Social Care.
— Sajid Javid (@sajidjavid) July 5, 2022
It has been an enormous privilege to serve in this role, but I regret that I can no longer continue in good conscience. pic.twitter.com/d5RBFGPqXp
Falei com o primeiro-ministro para apresentar a minha demissão do cargo de secretário de Estado da Saúde e Assistência Social.
Foi um enorme privilégio servir nessa função, mas lamento não poder continuar em sã consciência.
Foi um enorme privilégio servir nessa função, mas lamento não poder continuar em sã consciência.
No dia 6 de junho, Boris Johnson foi submetido a uma moção de desconfiança, uma votação entre os parlamentares de seu partido que definiria se ele deveria ou não ser substituído. Dos 359 conservadores no Parlamento britânico (de um total de 650 congressistas), 211 votaram a favor de Johnson e 148 votaram contra.
O premiê precisava receber ao menos 180 votos favoráveis para permanecer no cargo.
Ao celebrar o resultado da votação, o primeiro-ministro britânico prometeu se concentrar no trabalho e nas questões importantes do governo.
Johnson corre o risco de perder o cargo devido a realizações de festas na residência do governo, em Downing Street, durante o lockdown nacional devido à pandemia de COVID-19.
A situação se agravou após a descoberta de outra festa, em 16 de abril de 2021, na véspera do funeral do príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II.
À época, as restrições ainda estavam em vigor no Reino Unido, em meio à declaração de luto nacional pelo falecimento do príncipe Philip. Mais tarde, o político pediu desculpas à rainha.
"É muito lamentável que isso tenha ocorrido em um período de luto nacional, e o governo pediu desculpas ao Palácio [de Buckingham]", disse o primeiro-ministro a repórteres.