Após petróleo, Ocidente pode usar limite de preço para o gás russo, diz Von der Leyen
© AP Photo / Jean-Francois BadiasA presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa no Parlamento Europeu durante a apresentação do programa de atividades da presidência da República Tcheca na UE, em 6 de julho de 2022, em Estrasburgo, no leste da França
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O mecanismo de teto de preço do petróleo russo sugerido na cúpula do G7 também poderá ser usado como base para limitar valores do gás, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, nesta quarta-feira (6).
"O G7 decidiu concordar que examinaremos os mecanismos potenciais para um teto de preço do petróleo. Faremos uma abordagem global mostrando que temos uma aliança de muitos países que estarão dispostos a colocar um teto no preço do petróleo russo e temos influência para convencer outros que não querem se juntar à aliança para garantir que não contornem este potencial limite de preço do petróleo. Estou mencionando isso porque também pode ser uma boa plataforma se precisarmos de condições e circunstâncias para analisar um teto de preço do gás", afirmou Von der Leyen, durante apresentação do programa de atividades da presidência da República Tcheca na UE.
Durante a reunião do G7, na Alemanha, de 28 a 30 de junho, os líderes do Grupo dos Sete — composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, com representação da União Europeia — anunciaram a decisão de criar um teto para o preço do petróleo russo.
Pela determinação, o petróleo bruto marítimo e os produtos petrolíferos russos só poderiam ser enviados para os demais países se forem comprados a um preço máximo pré-acordado.
© AFP 2023 / Ludovic MarinDa esquerda à direita, em frente de uma mesa, no último dia da cúpula do G7, Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, Joe Biden, presidente dos EUA, Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, Emmanuel Macron, presidente da França, e Mario Draghi, primeiro-ministro de Itália, no Castelo Elmau, na Alemanha, em 28 de junho de 2022
Da esquerda à direita, em frente de uma mesa, no último dia da cúpula do G7, Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, Joe Biden, presidente dos EUA, Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, Emmanuel Macron, presidente da França, e Mario Draghi, primeiro-ministro de Itália, no Castelo Elmau, na Alemanha, em 28 de junho de 2022. Foto de arquivo
© AFP 2023 / Ludovic Marin
Durante a cúpula, os líderes do G7 também reafirmaram seu compromisso de reduzir a dependência da energia russa, inclusive por meio da suspensão ou da proibição da importação de petróleo e carvão.
Ao mesmo tempo, o grupo tem incentivado países produtores de petróleo a aumentar sua produção, para aliviar a tensão nos mercados de energia e mitigar o impacto em nações mais vulneráveis.
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, os EUA e seus aliados intensificaram a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, aço e ferro.
A União Europeia já impôs seis pacotes de sanções contra bancos, órgãos financeiros e mídias russos, além de funcionários do governo e legisladores. Líderes europeus pedem a Bruxelas que a proibição do gás russo seja incluído no próximo conjunto de restrições.