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EUA pediram à Rússia que reconsidere status de mercenários

© Sputnik / Sergei AverinMilícia Popular da República Popular de Lugansk (RPL) na região do povoado de Sokolniki, 3 de fevereiro de 2022
Milícia Popular da República Popular de Lugansk (RPL) na região do povoado de Sokolniki, 3 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 08.07.2022
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Vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov falou nesta sexta-feira (8) sobre um pedido inusitado do governo dos EUA.
Washington solicitou que os mercenários norte-americanos capturados durante o conflito na Ucrânia sejam tratados como combatentes e respondam pelas leis internacionais, informou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
"Houve um certo sinal do lado americano, principalmente focado no fato de que esses indivíduos devem ser considerados combatentes pela definição da Convenção de Genebra e devem estar sujeitos às proteções relevantes" , disse Ryabkov.
O funcionário russo, entretanto, esclareceu que o "tema dos mercenários americanos" não foi discutido oficialmente entre a Rússia e os EUA.
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Segundo ele, a presença de mercenários estrangeiros "do lado das Forças Armadas da Ucrânia e dos batalhões nacionalistas" é um dos "momentos mais sérios e problemáticos" nas relações de Moscou com os países ocidentais.
Ele disse que as ações de mercenários estrangeiros capturados estão sendo investigadas para determinar as circunstâncias de "sua participação na zona de combate e o papel que desempenharam lá".
"Nós advertimos repetidamente para que os cidadãos de países que são hostis à Rússia se abstenham de planos aventureiros para 'provar-se' no campo de batalha na Ucrânia", apontou Ryabkov.
Ele acrescentou que "aqueles que não levam em conta esses avisos estão colhendo os frutos" de suas próprias escolhas e da falta de vontade de aceitar a realidade da "situação que se desenrolou na região".
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Vale lembrar que, em 20 de junho, o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, reiterou que mercenários detidos na Ucrânia não estão sujeitos à Convenção de Genebra. Ele chamou dois norte-americanos capturados durante o conflito ucraniano de "soldados da fortuna" e enfatizou que estavam envolvidos em atividades ilegais na Ucrânia e atiraram contra os militares russos.

"Eu não explicaria o lado legal de seu cativeiro. Uma coisa é clara: eles cometeram crimes. Eles não são membros do Exército ucraniano. A Convenção de Genebra não se aplica a eles", explicou.

Enquanto isso, dois combatentes americanos – Alexander John-Robert Drueke e Andy Tai Ngoc Huynh – estão atualmente aguardando julgamento na República Popular de Donetsk, onde três combatentes estrangeiros do Reino Unido e Marrocos foram condenados à morte no mês passado.
As sentenças de morte, no entanto, ainda não foram cumpridas, pois os três estrangeiros apelaram do veredicto do tribunal de Donetsk.
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