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Falas de Borrell indicam 'transformação de opiniões' mundial sobre conflito na Ucrânia, diz analista

© SputnikO alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, durante uma coletiva de imprensa após a reunião com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, na Casa de Recepção do MRE russo, 5 de fevereiro de 2021
O alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, durante uma coletiva de imprensa após a reunião com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, na Casa de Recepção do MRE russo, 5 de fevereiro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 11.07.2022
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Após a reunião dos chanceleres do G20 em Bali, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que o posicionamento da UE sobre a situação na Ucrânia não era dominante. Para o membro da Academia de Ciências Militares russa Aleksandr Bartosh, trata-se da transformação de opiniões mundial sobre o conflito na Ucrânia.

"Acho que o fato de muitos países não apoiarem o posicionamento dos Estados Unidos, nem o da União Europeia, demonstra que está ocorrendo uma transformação de opiniões de toda a comunidade internacional sobre o conflito na Ucrânia. Suponho que no futuro é de esperar o enfraquecimento dos posicionamentos de muitos países da União Europeia, que agora se manifestam a favor de uma posição firme em relação à Rússia no conflito na Ucrânia", disse o analista em uma entrevista à Sputnik.

Bartosh também acredita que o posicionamento "dos países sensatos europeus" vai seguir fortalecendo e levará à guinada da UE à limitação de sua participação no conflito, em particular no que diz respeito ao fornecimento à Ucrânia de sistemas de armamento modernos. Além disso, salienta o analista, as palavras de Borrell podem demonstrar que os europeus começaram a refletir se sua linha de pensamento em relação à Ucrânia – "seguir sem pensar a esteira da política americana" – era a correta.
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"Os norte-americanos têm seus próprios interesses na Ucrânia, e seus objetivos estão longe dos interesses dos países europeus", crê Aleksandr Bartosh.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, após a reunião dos ministros das Relações Exteriores do G20, afirmou que "o combate global das narrativas" sobre a Ucrânia "está em pleno andamento", acrescentando que o posicionamento da UE sobre a questão não era dominante. Opiniões sobre o que se deve fazer a seguir, segundo Borrell, "diferem de forma acentuada".
Enquanto os países do G7 (Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá, França, Japão e EUA) e seus apoiadores "mantêm um posicionamento unido, ao condenarem a Rússia e imporem sanções contra ela", outros países "frequentemente seguem outros pontos de vista", reconheceu Borrell.
Segundo Josep Borrell, muitos, por diferentes razões, seguem um posicionamento moderado: uns estão "mais preocupados com as consequências da guerra para eles mesmos", enquanto outros utilizam a política de "dois pesos, duas medidas", querendo manter boas relações com a Rússia ou "não desejando tomar partido, porque isso prejudicaria seus próprios interesses geopolíticos".
© Sputnik / Acessar o banco de imagensMinistro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov (terceiro à esquerda) e o ministro das Relações Exteriores chinês Wang Yi durante uma reunião no âmbito do Conselho de Ministros das Relações Exteriores do G20, Indonésia, 7 de julho de 2022
Ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov (terceiro à esquerda) e o ministro das Relações Exteriores chinês Wang Yi durante uma reunião no âmbito do Conselho de Ministros das Relações Exteriores do G20, Indonésia, 7 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 11.07.2022
Ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov (terceiro à esquerda) e o ministro das Relações Exteriores chinês Wang Yi durante uma reunião no âmbito do Conselho de Ministros das Relações Exteriores do G20, Indonésia, 7 de julho de 2022
A Rússia iniciou operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro, com o objetivo de "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, após as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) pedirem ajuda para se defender da intensificação dos ataques ucranianos.
Segundo o Ministério da Defesa russo, somente a infraestrutura militar ucraniana está na mira. Moscou já reiterou, por diversas vezes, que não tem planos de ocupar o país. Os países do Ocidente, em resposta à operação russa, lançaram uma campanha de sanções sem precedentes contra Moscou.
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