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Em visita, Biden vai enfrentar um Oriente Médio com outros olhos para EUA, diz NYT
Em visita, Biden vai enfrentar um Oriente Médio com outros olhos para EUA, diz NYT
Sputnik Brasil
O presidente norte-americano vai iniciar sua primeira viagem à região do Oriente Médio de Israel, que está agora construindo relações com países árabes, com... 12.07.2022, Sputnik Brasil
2022-07-12T11:32-0300
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Quando o presidente norte-americano chegar ao Oriente Médio nesta semana em sua primeira visita à região como chefe de Estado, vai encontrar uma região em que as alianças, prioridades e relações com os Estados Unidos se transformaram de forma significativa desde sua última viagem oficial, realizada há seis anos, acredita o analista político do The New York Times.A visita de Biden vai iniciar em Israel, e na Cisjordânia ocupada, que um dia esteve no centro da política norte-americana no Oriente Médio, e, como se espera, será focada em laços entre Israel e os países árabes, que estão se fortalecendo cada vez mais, e uma parceira militar árabe-israelense, que está em processo de formação, para enfrentar as ameaças do Irã. Joe Biden vai terminar sua viagem na Arábia Saudita, que o autor da publicação descreve como "o Estado do golfo Pérsico, do qual o Ocidente deseja bombear o maior volume de petróleo possível" em resposta à crise energética global, provocada pelo conflito na Ucrânia.Salienta-se várias vezes o novo nível das relações árabe-israelenses, que os países da região conseguiram alcançar nos últimos anos.Além disso, Biden vai se reunir com os oficiais palestinos na Cisjordânia e talvez anuncie um novo pacote de ajuda econômica, prevê a publicação. Ao mesmo tempo, não é de esperar o desenvolvimento significativo nas relações israelo-palestinas.Kingsley até menciona as insinuações sobre uma possível participação da Arábia Saudita na cooperação militar. O país atualmente não mantém nenhuma relação aberta com Israel, mas ao mesmo tempo partilha seu posicionamento contra o Irã."Um novo tipo de aproximação tem surgido entre Israel e os países do golfo", afirmou Itamar Rabinovich, ex-embaixador israelense em Washington. "A pergunta é se os Estados Unidos vão conseguir pegar todos esses diferentes tijolos e construir algo novo com eles."Quanto às próprias relações entre Israel e os Estados Unidos, apesar do colapso recente do governo israelense e nomeação do primeiro-ministro interino Yair Lapid, estão em um estado relativamente bom, segundo a edição. Ainda assim, no privado, Israel se manifesta contra os esforços estadunidenses de convencer o Irã a desmantelar seu programa nuclear em troca do enfraquecimento das sanções.No campo das relações com os palestinos, Biden também está enfrentando dificuldades, por não ter conseguido rescindir uma série de medidas do governo Trump, que os palestinos, segundo o The New York Times, consideravam-nas arruinadoras das tentativas palestinas de levar a cabo a criação de um Estado independente.Salienta-se que o Departamento de Estado norte-americano não rescindiu oficialmente a decisão de Trump de reconhecer a legitimidade dos colonatos israelenses na Cisjordânia, que a maioria esmagadora dos países do mundo considera ilegítimos. Além disso, devido à pressão de Israel, os Estados Unidos não reabriram seu consulado para os palestinos em Jerusalém, fechado durante o mandato presidencial de Trump. A missão palestina em Washington, fechada durante o governo Trump, também segue com as portas trancadas.O artigo também destaca a reação dos Estados Unidos em relação à morte de uma famosa jornalista palestina, Shireen Abu Akleh, baleada na Cisjordânia em maio.Ao mesmo tempo, nota-se que o atual primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, em geral apoia o conceito da criação do Estado palestino, ao contrário de seu predecessor no cargo, Naftali Bennett. No entanto, infelizmente ou não, Lapid está desempenhando suas funções só de forma temporária, com as eleições já previstas para o outono no Hemisfério Norte, e não possui mandato para rever a situação atual.
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Em visita, Biden vai enfrentar um Oriente Médio com outros olhos para EUA, diz NYT
O presidente norte-americano vai iniciar sua primeira viagem à região do Oriente Médio de Israel, que está agora construindo relações com países árabes, com uma parada planejada na Arábia Saudita. As previsões para a futura visita são dadas pelo colunista do The New York Times, Patrick Kingsley.
Quando o presidente norte-americano chegar ao Oriente Médio nesta semana em sua
primeira visita à região como chefe de Estado, vai encontrar uma região em que as alianças, prioridades e relações com os Estados Unidos se transformaram de forma significativa desde sua última viagem oficial, realizada há seis anos,
acredita o analista político do The New York Times.
A visita de Biden vai iniciar em Israel, e na Cisjordânia ocupada, que um dia esteve no centro da política norte-americana no Oriente Médio, e, como se espera, será focada em laços entre Israel e os países árabes, que estão se fortalecendo cada vez mais, e uma parceira militar árabe-israelense, que está em processo de formação, para enfrentar as ameaças do Irã.
Joe Biden vai
terminar sua viagem na Arábia Saudita, que o autor da publicação descreve como
"o Estado do golfo Pérsico, do qual o Ocidente deseja bombear o maior volume de petróleo possível" em resposta à crise energética global, provocada pelo conflito na Ucrânia.
Salienta-se várias vezes o novo nível das relações árabe-israelenses, que os países da região conseguiram alcançar nos últimos anos.
"Quando Biden pela última vez visitou Israel em 2016 como vice-presidente, o país tinha relações diplomáticas apenas com dois Estados árabes – Egito e Jordânia. Mesmo assim, hoje [Israel] está cada vez mais penetrado no ecossistema diplomático do Oriente Médio, depois de ter fechado uma série de acordos simbólicos, alcançados sob mediação do governo Trump, que conseguiram normalizar as relações entre Israel e três outros países árabes: Bahrein, Marrocos e Emirados Árabes Unidos", especifica Kingsley.
Além disso, Biden vai se reunir com os oficiais palestinos na Cisjordânia e talvez anuncie um novo pacote de ajuda econômica, prevê a publicação. Ao mesmo tempo, não é de esperar o desenvolvimento significativo nas relações israelo-palestinas.
"A participação dos EUA, além da participação do presidente norte-americano, no conflito israelo-palestino deixou de ser uma prioridade", afirmou Alon Pinkas, ex-cônsul geral de Israel em Nova York. "Os Estados Unidos voltaram a gerir a aliança, e é por isso que a coalizão israelo-árabe contra o Irã é muito mais importante para os EUA do que a resolução do conflito", explica a edição.
Kingsley até menciona as insinuações sobre
uma possível participação da Arábia Saudita na cooperação militar. O país atualmente não mantém nenhuma relação aberta com Israel, mas ao mesmo tempo partilha seu
posicionamento contra o Irã.
"Historicamente, os oficiais sauditas têm declarado repetidamente que vão evitar quaisquer relações oficiais com Israel até que o Estado palestino seja criado. Contudo, os líderes sauditas estão cada vez mais criticando as autoridades palestinas, e nos últimos dias dois comentaristas sauditas se manifestaram a favor da normalização das relações com Israel", aponta o artigo do The New York Times.
"Um novo tipo de aproximação tem surgido entre Israel e os países do golfo", afirmou Itamar Rabinovich, ex-embaixador israelense em Washington.
"A pergunta é se os Estados Unidos vão conseguir pegar todos esses diferentes tijolos e construir algo novo com eles."Quanto às próprias relações entre Israel e os Estados Unidos, apesar do colapso recente do governo israelense e nomeação do primeiro-ministro interino Yair Lapid, estão em um estado relativamente bom, segundo a edição. Ainda assim, no privado, Israel se manifesta contra os esforços estadunidenses de convencer o Irã a desmantelar seu programa nuclear em troca do enfraquecimento das sanções.
"A visita de Biden, parcialmente, vai ser uma tentativa de convencer Israel de que Washington o apoia."
No campo das relações com os palestinos, Biden também está enfrentando dificuldades, por não ter conseguido rescindir uma série de medidas do governo Trump, que os palestinos, segundo o The New York Times, consideravam-nas arruinadoras das tentativas palestinas de levar a cabo a criação de um Estado independente.
Salienta-se que o Departamento de Estado norte-americano não rescindiu oficialmente a decisão de Trump de reconhecer a legitimidade dos colonatos israelenses na Cisjordânia, que a maioria esmagadora dos países do mundo considera ilegítimos. Além disso, devido à pressão de Israel, os Estados Unidos não reabriram seu consulado para os palestinos em Jerusalém, fechado durante o mandato presidencial de Trump. A missão palestina em Washington, fechada durante o governo Trump, também segue com as portas trancadas.
O artigo também destaca a reação dos Estados Unidos em relação à morte de uma famosa jornalista palestina, Shireen Abu Akleh, baleada na Cisjordânia em maio.
"A raiva dos palestinos fortaleceu na semana passada, depois de os Estados Unidos terem chegado à conclusão, de acordo com a qual Shireen Abu Akleh, uma famosa jornalista palestina e americana, talvez tenha sido morta por acaso, e terem declarado que não vão forçar Israel a conduzir uma investigação criminal em relação a cada soldado israelense", diz o colunista.
Ao mesmo tempo, nota-se que
o atual primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, em geral
apoia o conceito da criação do Estado palestino, ao contrário de seu predecessor no cargo,
Naftali Bennett. No entanto, infelizmente ou não, Lapid está desempenhando suas funções só de forma temporária, com as eleições já previstas para o outono no Hemisfério Norte, e não possui mandato para rever a situação atual.