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Rússia aumentou exportações de alimentos e fertilizantes para conter fome global, diz oficial na ONU

© Foto / 1195798Grãos de trigo (imagem ilustrativa)
Grãos de trigo (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920, 14.07.2022
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A Rússia aumentou significativamente as exportações de alimentos e fertilizantes para resolver a crise alimentar global, disse o vice-chanceler russo Sergei Vershinin durante o Fórum Político de Alto Nível, na Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quinta-feira (14).
Ele também afirmou que as tentativas dos países ocidentais de desencadear uma espiral de sanções unilaterais contra a Rússia estão provocando inflação nos países ocidentais, o que levará a uma recessão global caso não sejam refreadas.
Mais cedo, o Departamento do Tesouro dos EUA suavizou parte das sanções para o comércio de alimentos e fertilizantes, além de autorizar a subsidiária da estatal russa Gazprom na Alemanha a comercializar insumos de energia.

"Os erros de cálculo cometidos durante a pandemia nas políticas macroeconômicas, alimentares e energéticas das maiores economias dos países ocidentais levaram a uma onda de instabilidade nos mercados globais de commodities muito antes do início da operação militar especial da Rússia. Uma tentativa dos parceiros de transferir a culpa para os outros e desencadear uma espiral de sanções unilaterais resultará, mesmo que o FMI [Fundo Monetário Internacional] a reconheça, em inflação nos próprios países ocidentais e, pior, em uma recessão global iminente", enfatizou o oficial.

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O vice-ministro das Relações Exteriores explicou na ONU que a situação atual é uma crise que exige a reforma de toda a ordem econômica internacional, em vez de abordagens pontuais.

"Na questão específica da segurança alimentar, a Rússia aumentou significativamente suas exportações de alimentos e fertilizantes para países africanos e do Oriente Médio, contribuindo para resolver o problema da fome", disse.

Vershinin disse que os erros cometidos pelos países ocidentais durante a pandemia de COVID-19 nas políticas microeconômicas de alimentos e energia levaram a um surto de instabilidade global nos mercados de matérias-primas muito antes da operação militar especial da Rússia ser lançada na Ucrânia.
O Fórum Político de Alto Nível sobre desenvolvimento sustentável, organizado pelas Nações Unidas, está focado em acelerar o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030 e resolver desafios ou obstáculos que estejam no caminho.
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Desde o início da operação militar especial, os EUA e seus aliados iniciaram a aplicação de uma miríade de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, aço e ferro.
A escalada de sanções transformou a Rússia, de forma disparada, na nação mais sancionada do mundo, segundo a plataforma Castellum.ai, serviço de rastreamento de restrições econômicas no mundo.
No total, estão em vigor 11.411 medidas restritivas contra a Rússia, segundo os cálculos do site. A quantidade é mais que o triplo das 3.637 sanções impostas pelo Ocidente ao Irã. Na sequência, aparecem a Síria (2.614), a Coreia do Norte (2.111), Belarus (1.133), a Venezuela (651) e Mianmar (567).
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