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No Oriente Médio, Biden abdicou dos princípios sagrados da política dos EUA, diz The Washington Post
No Oriente Médio, Biden abdicou dos princípios sagrados da política dos EUA, diz The Washington Post
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Durante o seu périplo pelo Oriente Médio, Joe Biden evitou levantar questões de direitos humanos, em uma tentativa de conseguir o fornecimento de mais petróleo... 18.07.2022, Sputnik Brasil
2022-07-18T08:43-0300
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O presidente norte-americano Joe Biden há pouco voltou do seu périplo de quatro dias pelo Oriente Médio, durante o qual ele visitou Israel e, em um ambiente muito mais controverso, o reino da Arábia Saudita.A viagem foi uma tentativa de Biden de fortalecer as relações dos Estados Unidos com os aliados tradicionais norte-americanos, a fim de conter a influência crescente de Rússia, China e Irã. Contudo, segundo a edição, a missão de Biden entrou em conflito com as suas promessas de manter o regime de Riad afastado, feitas no passado, por o reino ter desencadeado a guerra no Iêmen e por causa de uma situação "feia" no campo dos direitos humanos.Mais em particular, trata-se do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018, de que os Estados Unidos acusam de forma direita o chefe de Estado, o príncipe herdeiro saudita Muhammad bin Salman.Conforme o artigo, durante a reunião entre Biden e Muhammad bin Salman, o presidente norte-americano demonstrou que tinha abondado os princípios sagrados da política estadunidense, tentando chegar a um acordo de aumento da produção do petróleo.Enquanto os líderes norte-americanos repentinamente têm se manifestado contra conduzir quaisquer negociações com "ditadores árabes", Biden torna-se o primeiro presidente dos Estados Unidos a tentar fazê-lo. Segundo o The Washington Post, de certa forma se deve elogiar Biden por ter organizado uma coletiva de imprensa na Arábia Saudita, em que ele não hesitou em chamar o assassinato de Khashoggi de "vergonhoso" e disse ao príncipe herdeiro que o considerava "provavelmente" responsável.Ao mesmo tempo, é de salientar que mais tarde as autoridades sauditas de forma pública negaram a versão da conversa entre os dois líderes, divulgada pela parte norte-americana. Claro que Muhammad bin Salman, por sua vez, não reconheceu violação nenhuma.No entanto, em geral durante a sua viagem pelo Oriente Médio, Biden se comportou de maneira silenciosa.Além disso, quando a visita de Biden chegou ao fim, Muhammad bin Salman ainda não assumiu compromisso algum sobre o aumento da produção do petróleo. Segundo a publicação, contam que a Arábia Saudita possa influenciar a reunião da OPEP, prevista para o próximo mês, para mais uns milhares de barris entrarem no mercado petrolífero, mas mesmo tal medida vai afetar de forma insignificativa os preços do petróleo nos Estados Unidos.O presidente norte-americano também se reuniu na Arábia Saudita com o seu homólogo egípcio, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, que o The Washington Post descreve como "ditador, que mandou prender milhares de opositores políticos". Após a sessão de fotos de Joe Biden com o líder egípcio, a Casa Branca emitiu a declaração, em que apoiou os pedidos do Egito de o financiarem no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional. Quanto ao campo de direitos humanos, apenas foi prometido conduzir "um diálogo construtivo".Assim, segundo o artigo, o mandato presidencial que se iniciou com conversas valentes de uma nova abordagem, destinada a promover os direitos humanos, em relação ao mundo árabe, afinal voltou às políticas condescendes acerca de ditadores – mesmo mais condescendes do que as dos outros governos estadunidenses, incluindo o de Trump. Tem sido um momento difícil para Joe Biden, e deve passar muito tempo para ele o ultrapassar, conclui e edição norte-americana.
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No Oriente Médio, Biden abdicou dos princípios sagrados da política dos EUA, diz The Washington Post
Durante o seu périplo pelo Oriente Médio, Joe Biden evitou levantar questões de direitos humanos, em uma tentativa de conseguir o fornecimento de mais petróleo saudita, assim violando as suas promessas do início do mandato, diz artigo do The Washington Post.
O presidente norte-americano Joe Biden há pouco voltou do seu
périplo de quatro dias pelo Oriente Médio, durante o qual ele
visitou Israel e, em um ambiente muito mais controverso, o reino da Arábia Saudita.
A viagem foi uma tentativa de Biden de fortalecer as relações dos Estados Unidos com os aliados tradicionais norte-americanos, a fim de
conter a influência crescente de Rússia, China e Irã. Contudo,
segundo a edição, a missão de Biden entrou em conflito com as suas promessas de manter o regime de Riad afastado, feitas no passado, por o reino ter desencadeado
a guerra no Iêmen e por causa de uma situação "feia" no campo dos direitos humanos.
Mais em particular, trata-se do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018, de que os Estados Unidos acusam de forma direita o chefe de Estado, o príncipe herdeiro saudita Muhammad bin Salman.
Conforme o artigo, durante a reunião entre Biden e Muhammad bin Salman, o presidente norte-americano demonstrou que tinha abondado os princípios sagrados da política estadunidense, tentando chegar a um acordo de aumento da produção do petróleo.
"A reunião pessoal de Biden com Muhammad bin Salman, precedida pelo cordial e imprudente choque de punhos, conferiu ao príncipe herdeiro a legitimidade tanto desejada. Durante a visita, que visava o aumento do fornecimento do petróleo saudita, demonstrou o fato prejudicial de os Estados Unidos terem mudado os seus princípios de proteção de direitos humanos para a resolução dos problemas do presidente, relacionados com a política interna, provocados pela gasolina cara", destaca-se na publicação.
Enquanto os líderes norte-americanos repentinamente têm se manifestado contra conduzir quaisquer negociações com "ditadores árabes", Biden torna-se o primeiro presidente dos Estados Unidos a tentar fazê-lo. Segundo o The Washington Post, de certa forma se deve elogiar Biden por ter organizado uma coletiva de imprensa na Arábia Saudita, em que ele não hesitou em chamar o assassinato de Khashoggi de "vergonhoso" e disse ao príncipe herdeiro que o considerava "provavelmente" responsável.
Ao mesmo tempo, é de salientar que mais tarde as autoridades sauditas de forma pública negaram a versão da conversa entre os dois líderes, divulgada pela parte norte-americana. Claro que Muhammad bin Salman, por sua vez, não reconheceu violação nenhuma.
No entanto, em geral durante a sua viagem pelo Oriente Médio, Biden se comportou de maneira silenciosa.
"Não expressou publicamente nenhuma crítica às políticas repressivas sauditas; não foi libertado nenhum prisioneiro político ou não foi perdoado nenhum opositor do regime, incluindo as pessoas que têm dupla cidadania, privadas da liberdade de movimentação na Arábia Saudita. Em vez disso, Biden promoveu as tréguas no Iêmen [que se estabeleceram antes da visita e não foram diretamente relacionadas com Biden] e os passos modestos na aproximação com Israel. [Joe Biden] parece ter apelado para aprofundar os laços entre os Estados Unidos e o reino, ao ter declarado o novo projeto de teste da tecnologia norte-americana 5G na Arábia Saudita", diz o artigo.
Além disso, quando a visita de Biden chegou ao fim, Muhammad bin Salman ainda não assumiu compromisso algum sobre o aumento da produção do petróleo. Segundo a publicação, contam que a Arábia Saudita possa influenciar a reunião da OPEP, prevista para o próximo mês, para mais uns milhares de barris entrarem no mercado petrolífero, mas mesmo tal medida vai afetar de forma insignificativa os preços do petróleo nos Estados Unidos.
O presidente norte-americano também se reuniu na Arábia Saudita com o seu homólogo egípcio, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, que o The Washington Post descreve como "ditador, que mandou prender milhares de opositores políticos". Após a sessão de fotos de Joe Biden com o líder egípcio, a Casa Branca emitiu a declaração, em que apoiou os pedidos do Egito de o financiarem no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional. Quanto ao campo de direitos humanos, apenas foi prometido conduzir "um diálogo construtivo".
Assim, segundo o artigo, o mandato presidencial que se iniciou com conversas valentes de uma nova abordagem, destinada a promover os direitos humanos, em relação ao mundo árabe, afinal voltou às políticas condescendes acerca de ditadores – mesmo mais condescendes do que as dos outros governos estadunidenses, incluindo o de Trump. Tem sido um momento difícil para Joe Biden, e deve passar muito tempo para ele o ultrapassar, conclui e edição norte-americana.