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Com economia devastada, Ucrânia pede que credores congelem seus pagamentos de dívidas
Com economia devastada, Ucrânia pede que credores congelem seus pagamentos de dívidas
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De acordo com a Reuters, Kiev pediu aos credores internacionais para que congelem seus pagamentos de dívida por dois anos para focar esforços financeiros no... 20.07.2022, Sputnik Brasil
2022-07-20T14:35-0300
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Segundo estimativas dos órgãos internacionais e do Ministério das Finanças da Ucrânia, o país deve ter uma perda estimada de até 45% de seu produto interno bruto (PIB) como consequência do enfrentamento à operação militar especial de Moscou iniciada em fevereiro. Nesta quarta-feira (20), a autoridade financeira do país disse esperar finalizar o adiamento de pagamento de sua dívida de cerca de US$ 20 bilhões (aproximadamente R$ 108,5 bilhões) até 9 de agosto. O atraso nos pagamentos, rapidamente apoiado pelos principais governos ocidentais e fundos internacionais que emprestaram recursos a Kiev, chega à tempo de adiar parcelas da dívida na casa de US$ 1,2 bilhão (quase R$ 6,516 bilhões), com vencimento no início de setembro.O governo ucraniano sugeriu um plano de pagamentos, publicado em seu site, afirmando que "todas as datas de pagamento de juros dos títulos" seriam adiadas de acordo com cronograma de seu plano na tentativa de evitar a inadimplência, oferecendo aos credores, inclusive, o pagamento de juros adicionais assim que o congelamento terminar.Kiev tinha estimado um déficit fiscal de US$ 5 bilhões (cerca de R$ 27,2 bilhões) por mês - o equivalente a 2,5% de seu PIB de antes do conflito - mas, os economistas calculam que o déficit fiscal vai atingir até 25% de seu PIB.Apesar do conflito, a Ucrânia tinha afirmado repetidas vezes que honraria todos os seus compromissos financeiros, mas a partir da semana passada em que a empresa de energia estatal Naftogaz solicitou o congelamentos de suas dívidas, a mudança de postura do governo passou a ser especulada para "apenas uma questão de tempo".Cabe lembrar que instituições globais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e governos ocidentais se comprometeram a fornecer US$ 38 bilhões desde o início da operação russa, mas quase 80% desse apoio é composto de empréstimos e não de ajuda.
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Com economia devastada, Ucrânia pede que credores congelem seus pagamentos de dívidas
De acordo com a Reuters, Kiev pediu aos credores internacionais para que congelem seus pagamentos de dívida por dois anos para focar esforços financeiros no conflito contra Rússia.
Segundo estimativas dos órgãos internacionais e do Ministério das Finanças da Ucrânia, o país
deve ter uma perda estimada de até 45% de seu produto interno bruto (PIB) como consequência do enfrentamento à
operação militar especial de Moscou iniciada em fevereiro.
Nesta quarta-feira (20), a autoridade financeira do país disse esperar finalizar o adiamento de pagamento de sua dívida de cerca de US$ 20 bilhões (aproximadamente R$ 108,5 bilhões) até 9 de agosto.
O atraso nos pagamentos, rapidamente apoiado pelos principais
governos ocidentais e fundos internacionais que emprestaram recursos a Kiev, chega à tempo de
adiar parcelas da dívida na casa de US$ 1,2 bilhão (quase R$ 6,516 bilhões), com vencimento no início de setembro.
O governo ucraniano sugeriu um plano de pagamentos, publicado em seu site, afirmando que "todas as datas de pagamento de juros dos títulos" seriam adiadas de acordo com cronograma de seu plano na tentativa de evitar a inadimplência, oferecendo aos credores, inclusive, o pagamento de juros adicionais assim que o congelamento terminar.
Kiev
tinha estimado um
déficit fiscal de US$ 5 bilhões (cerca de R$ 27,2 bilhões) por mês - o equivalente a 2,5% de seu PIB de antes do conflito - mas, os economistas calculam que o déficit fiscal vai atingir até 25% de seu PIB.
"Nós, como credores bilaterais oficiais da Ucrânia, pretendemos fornecer uma suspensão coordenada do serviço da dívida", disse o grupo de governos composto por EUA, Canadá, França, Alemanha, Japão e Grã-Bretanha, logo após a proposta ucraniana. Ainda segundo a Reuters, o grupo aproveitou o comunicado para encorajar outros credores bilaterais a seguir seu exemplo.
Apesar do conflito, a
Ucrânia tinha afirmado repetidas vezes que
honraria todos os seus compromissos financeiros, mas a partir da semana passada em que a empresa de energia estatal Naftogaz solicitou o congelamentos de suas dívidas, a mudança de postura do governo passou a ser especulada para "apenas uma questão de tempo".
Cabe lembrar que instituições globais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e
governos ocidentais se comprometeram a fornecer US$ 38 bilhões desde o início da operação russa, mas
quase 80% desse apoio é composto de empréstimos e não de ajuda.