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Presidente da Funai é expulso de evento em Madri sob acusações de ser anti-indígena (VÍDEO)
Presidente da Funai é expulso de evento em Madri sob acusações de ser anti-indígena (VÍDEO)
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Servidores vêm pedindo a saída de Marcelo Xavier do comando do órgão, afirmando que ele promove o esvaziamento orçamentário e é adepto da agenda ruralista. 21.07.2022, Sputnik Brasil
2022-07-21T12:35-0300
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O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, abandonou um evento em Madri que discutia a questão dos povos indígenas após ser alvo de protestos de um ex-servidor do órgão.O episódio ocorreu durante a 15ª Assembleia Geral do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e o Caribe (Filac). Indignado com a presença de Xavier no evento, o ex-funcionário Ricardo Rao se levantou, apontou o dedo para Xavier e gritou:Constrangido, Xavier deixou a sala. A indignação de Rao reflete a de outros servidores da Funai que vêm pedindo a saída do presidente do órgão. Eles acusam Xavier de estar alinhado à agenda ruralista e a uma política anti-indígena. Em junho, segundo noticiado pela Folha de S.Paulo, eles realizaram um protesto em Brasília pedindo a saída de Xavier.Os servidores afirmam que Xavier promove assédio moral e o esvaziamento orçamentário do órgão. A Funai atualmente tem o menor quadro de funcionários desde 2008, e os pedidos de abertura de concurso para preencher os cargos vazios vêm sendo negados.Em entrevista ao UOL, Rao afirmou que a atuação de Xavier abriu margem para que criminosos e milicianos se sentissem seguros para não apenas ameaçar, mas matar indigenistas.Em nota, a Funai negou a expulsão, destacando que apenas as autoridades organizadoras do evento teriam legitimidade para isso. Segundo a fundação, Marcelo Xavier teria deixado o evento voluntariamente, por motivos de segurança.
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Presidente da Funai é expulso de evento em Madri sob acusações de ser anti-indígena (VÍDEO)
12:35 21.07.2022 (atualizado: 11:58 30.08.2022) Servidores vêm pedindo a saída de Marcelo Xavier do comando do órgão, afirmando que ele promove o esvaziamento orçamentário e é adepto da agenda ruralista.
O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, abandonou um evento em Madri que discutia a questão dos povos indígenas após ser alvo de protestos de um ex-servidor do órgão.
O episódio ocorreu durante a 15ª Assembleia Geral do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e o Caribe (Filac). Indignado com a presença de Xavier no evento, o ex-funcionário Ricardo Rao se levantou, apontou o dedo para Xavier e gritou:
"Esse homem não pertence aqui. Esse homem é um assassino, esse homem é um miliciano. Ele é responsável pela morte de Bruno [Pereira] e Dom Phillips."
Constrangido, Xavier deixou a sala.
A indignação de Rao reflete a de outros servidores da Funai que vêm pedindo a saída do presidente do órgão. Eles acusam Xavier de estar
alinhado à agenda ruralista e a uma política anti-indígena. Em junho, segundo
noticiado pela Folha de S.Paulo, eles realizaram um protesto em Brasília pedindo a saída de Xavier.
Os servidores afirmam que Xavier promove assédio moral e o esvaziamento orçamentário do órgão. A Funai atualmente tem o menor quadro de funcionários desde 2008, e os pedidos de abertura de concurso para preencher os cargos vazios vêm sendo negados.
Em
entrevista ao UOL, Rao afirmou que a atuação de Xavier abriu margem
para que criminosos e milicianos se sentissem seguros para não apenas ameaçar,
mas matar indigenistas.
"A milícia controla hoje a Funai. Sempre recebemos ameaças. Bruno recebeu, eu recebi e até minha mãe recebeu. Agora, a diferença é que as ameaças se cumprem. Quem faz a ameaça acha que pode matar. Afinal, o [presidente Jair] Bolsonaro falou, não é?", disse Rao.
Em nota, a Funai negou a expulsão, destacando que apenas as autoridades organizadoras do evento teriam legitimidade para isso. Segundo a fundação, Marcelo Xavier teria deixado o evento voluntariamente, por motivos de segurança.