EUA admitem que democracia e soberania da Ucrânia está sob ameaça da corrupção interna do país
17:38 26.07.2022 (atualizado: 18:30 26.07.2022)
© AP Photo / Andrew HarnikO porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, responde a pergunta de repórter durante entrevista coletiva no Departamento de Estado, em Washington, em 28 de fevereiro de 2022
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A soberania e as instituições democráticas do governo ucraniano estão ameaçadas pela corrupção interna, além da operação militar especial russa, declarou o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, nesta terça-feira (26).
Os comentários de Price vieram no bojo das declarações da representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
Na segunda-feira (25), ela acusou a UE de fechar os olhos à corrupção ucraniana enquanto fornecia armas ao país.
As armas fornecidas à Ucrânia ressurgem nos países europeus e reabastecem os arsenais do crime organizado, afirmou Zakharova.
© AP Photo / Ministério das Relações Exteriores da RússiaNesta foto divulgada pelo serviço de imprensa do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, fala durante sobre política externa em Moscou, na Rússia, em 17 de setembro de 2020.
Nesta foto divulgada pelo serviço de imprensa do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, fala durante sobre política externa em Moscou, na Rússia, em 17 de setembro de 2020.
© AP Photo / Ministério das Relações Exteriores da Rússia
Ao tecer comentários hoje, Price considerou que a ameaça representada pela corrupção pode ser "corrosiva" para a democracia e a soberania.
Em seguida, ele afirmou que os Estados Unidos apoiarão esforços na Ucrânia para aumentar a transparência, as instituições democráticas, a infraestrutura anticorrupção e o Estado de direito.
Em seguida, ele afirmou que os Estados Unidos apoiarão esforços na Ucrânia para aumentar a transparência, as instituições democráticas, a infraestrutura anticorrupção e o Estado de direito.
"Além da ameaça externa que a Ucrânia enfrenta da Rússia, a Ucrânia, como muitos outros governos ao redor do mundo, continua a enfrentar outra ameaça ao seu sucesso de longo prazo como um país soberano, independente, democrático e próspero, e isso é corrupção", afirmou Price durante uma coletiva de imprensa.
Em seu relatório anual sobre a adesão da Ucrânia ao bloco, divulgado na terça-feira (26), a União Europeia (UE) concluiu que Kiev precisa buscar reformas nas áreas de justiça, estado de direito e anticorrupção.
A UE também ajudará a apoiar a Ucrânia em seu "caminho europeu" e nos esforços de reconstrução, segundo o relatório.
O bloco aprovou na quarta-feira (20) o sétimo pacote de sanções contra a Rússia, que inclui proibição de compra de ouro, restrições a exportações e congelamento de ativos bancários do maior banco do país, o Sberbank.
Desde o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, em 24 de fevereiro, os EUA e seus aliados iniciaram a aplicação de uma miríade de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, aço e ferro.
A escalada de sanções transformou a Rússia, de forma disparada, na nação mais sancionada do mundo, segundo a plataforma Castellum.ai, serviço de rastreamento de restrições econômicas no mundo.
No total, estão em vigor 11.411 medidas restritivas contra a Rússia, segundo os cálculos do site. A quantidade é mais que o triplo das 3.637 sanções impostas pelo Ocidente ao Irã. Na sequência, aparecem a Síria (2.614), a Coreia do Norte (2.111), Belarus (1.133), a Venezuela (651) e Mianmar (567).