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Noruega pode enfrentar escassez de pneus de inverno devido às sanções contra Rússia
Noruega pode enfrentar escassez de pneus de inverno devido às sanções contra Rússia
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A escassez de pneus de inverno é provável no inverno do Hemisfério Norte que vem por causa do conflito na Ucrânia, que ainda está em pleno andamento, alertou a... 27.07.2022, Sputnik Brasil
2022-07-27T08:09-0300
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A indústria de pneus é só uma das indústrias que têm sofrido com as sanções bruscas impostas pelo Ocidente contra a Rússia devido à sua operação militar na Ucrânia, tendo a saída das empresas ocidentais do mercado russo sido explicada por razões éticas. Contudo, as medidas ocidentais provocaram uma reação dramática, demonstrada pelo aumento de preços, grandes déficits na produção e dificuldades de entregas por toda a Europa.Quase um terço dos pneus representados no mercado norueguês é produzido na Rússia, e no âmbito da campanha de sanções antirrussas a Noruega fechou a sua produção no país.Oord salientou que a sua empresa jamais recebe "nenhum pneu" da Rússia, acrescentando que a Starco Norge está transferindo as suas fábricas do país. Apesar dos grandes problemas de capacidade, as fornecedoras de pneus estão agora tentando receber pneus dos países asiáticos, tais como a China, Coreia do Sul ou Japão. Oord também disse que a falta do tipo específico de aço, que antes era importado da Ucrânia, não facilitou nada a situação.Geir Yngve Lyrstad, diretor-geral da empresa fornecedora de pneus DekkTeam Arnes, afirmou que a sua empresa já enfrentou um pico imediato da procura de pneus de inverno.A Federação de Automóveis Norueguesa (NAF, na sigla em norueguês) aconselhou os motoristas a "cerrarem os dentes" e comprar novos pneus com antecedência a fim de depois não pôr em perigo a segurança no trânsito.Mais cedo neste ano, as seis maiores produtoras de pneus, inclusive a Michelin, Nokian e Bridgestone, fecharam as suas produções na Rússia em meio ao conflito militar na Ucrânia. Entre outras coisas, a empresa finlandesa Nokian declarou que continuar funcionando na Rússia tinha deixado de ser "praticável e sustentável". Em vez disso, a empresa anunciou os seus planos de construir uma fábrica na Europa que deve substituir a russa, tendo comprometido 117 milhões de dólares (R$ 634 milhões) para a nova produção.Após o início da operação militar especial de desnazificação e desmilitarização da Ucrânia o Ocidente fortaleceu a pressão de sanções contra a Rússia. O rompimento das cadeias logísticas levou ao aumento de preços de combustível e alimentos na Europa e nos EUA, o que afetou milhões de famílias europeias. A recusa da Europa de se sentar à mesa das negociações com a Rússia só fez com que a situação econômica na União Europeia piorasse.
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Noruega pode enfrentar escassez de pneus de inverno devido às sanções contra Rússia
A escassez de pneus de inverno é provável no inverno do Hemisfério Norte que vem por causa do conflito na Ucrânia, que ainda está em pleno andamento, alertou a indústria de pneus norueguesa. Quase um terço dos pneus representados no mercado norueguês é produzido na Rússia.
A indústria de pneus é só uma das indústrias que têm sofrido com
as sanções bruscas impostas pelo Ocidente contra a Rússia devido à sua operação militar na Ucrânia, tendo
a saída das empresas ocidentais do mercado russo sido explicada por razões éticas. Contudo, as medidas ocidentais provocaram uma reação dramática, demonstrada pelo aumento de preços, grandes déficits na produção e dificuldades de entregas por toda a Europa.
Quase um terço dos pneus representados no mercado norueguês é produzido na Rússia, e no âmbito da campanha de sanções antirrussas a Noruega fechou a sua produção no país.
"Há muito tempo a Rússia tem sido a maior produtora de pneus de inverno para os países do Norte. Isso se explica pelo fato de a Rússia ser um mercado enorme com uma grande procura e recursos abundantes. Mas eles tinham o direito de importação que afetou as fornecedoras norueguesas de forma negativa. Desta maneira, as fornecedoras perceberam que podiam criar já [na Rússia] fábricas, assim fazendo as importações para os países nórdicos mais baratas", disse ao jornal Nettavisen Paul Oord, diretor-geral da Starco Norge, uma das maiores fornecedoras de pneus da Noruega.
Oord salientou que a sua empresa jamais recebe "nenhum pneu" da Rússia, acrescentando que a Starco Norge está transferindo as suas fábricas do país. Apesar dos grandes problemas de capacidade, as fornecedoras de pneus estão agora tentando receber pneus dos países asiáticos, tais como a China, Coreia do Sul ou Japão. Oord também disse que a falta do tipo específico de aço, que antes era importado da Ucrânia, não facilitou nada a situação.
Geir Yngve Lyrstad, diretor-geral da empresa fornecedora de pneus DekkTeam Arnes, afirmou que a sua empresa já enfrentou um pico imediato da procura de pneus de inverno.
"Não há dúvida nenhuma que no outono [do Hemisfério Norte] vamos testemunhar uma escassez de pneus", disse. "Anteriormente, o cliente podia escolher entre vários tipos de pneus, mas agora todos recebem pneus de acordo com o princípio 'primeiro a chegar, primeiro a ser servido'. Não se pode titubear mais. Nesse caso, corre o risco de deixar o carro na garagem por todo o inverno."
A Federação de Automóveis Norueguesa (NAF, na sigla em norueguês) aconselhou os motoristas a "cerrarem os dentes" e comprar novos pneus com antecedência a fim de depois não pôr em perigo a segurança no trânsito.
Mais cedo neste ano, as seis maiores produtoras de pneus, inclusive a
Michelin, Nokian e Bridgestone, fecharam as suas produções na Rússia em meio ao conflito militar na Ucrânia. Entre outras coisas, a empresa finlandesa Nokian declarou que continuar funcionando na Rússia tinha deixado de ser "praticável e sustentável". Em vez disso, a empresa anunciou os seus planos de construir uma fábrica na Europa que deve
substituir a russa, tendo comprometido 117 milhões de dólares (R$ 634 milhões) para a nova produção.
Após o início da operação militar especial de desnazificação e desmilitarização da Ucrânia o Ocidente fortaleceu a pressão de sanções contra a Rússia. O rompimento das cadeias logísticas levou ao aumento de preços de combustível e alimentos na Europa e nos EUA, o que afetou milhões de famílias europeias. A recusa da Europa de se sentar à mesa das negociações com a Rússia só fez com que a situação econômica na União Europeia piorasse.