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Novos estudos descartam versão de que o vírus da COVID-19 foi criado em laboratório

© AP Photo / Darko Vojinovic Люди в защитных масках в автобусе в Белграде, Сербия,
 Люди в защитных масках в автобусе в Белграде, Сербия, - Sputnik Brasil, 1920, 27.07.2022
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Publicados pela revista científica Nature, estudos apontam mercado de frutos do mar de Wuhan como epicentro da pandemia.
Dois novos estudos, publicados nesta terça-feira (26), pela revista científica Nature, reforçaram a hipótese de que o mercado de Huanan de frutos do mar, localizado na cidade de Wuhan, na China, foi o epicentro da pandemia da COVID-19.
Em junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) orientou cientistas a continuarem buscando a possível origem da pandemia, incluindo versões de que teria sido causada por um acidente em laboratório.
Os estudos publicados nesta terça-feira tiveram os dados preliminares divulgados em fevereiro, mas ainda não haviam sido revisados. Agora, já publicados, eles se somam a outras evidências que descartam a criação intencional do vírus ou a versão de que ele tenha escapado do Instituto de Virologia de Wuhan.
Segundo noticiado, um dos estudos analisou geograficamente os 174 primeiros casos detectados da doença. Do total, 155 surgiram nas imediações do mercado. Mesmo aqueles pacientes que não estiveram no mercado, moravam em seu entorno, o que evidencia a ligação do local com a propagação do vírus.
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"Houve um amplo consenso de que o mercado de Huanan era um lugar onde a propagação precoce do vírus foi amplificada, mas o que nossos dados mostram é que o mercado também foi o epicentro inicial e muito provavelmente o local de surgimento [do vírus em humanos]", escreveu Joshua Levy, um dos autores do estudo.

Outro estudo teve como base o genoma dos primeiros casos da COVID-19. Os cientistas concluíram que a pandemia iniciou com duas linhagens sutilmente diferentes do Sars-CoV-2. Os dados apontam para duas infecções distintas, nas quais o vírus foi transmitido de animais para seres humanos, com algumas semanas de diferença.
Segundo o coautor do estudo, Stephen Goldstein, ambos os estudos "são os mais convincentes e detalhados do que aconteceu em Wuhan nos estágios iniciais do que se tornaria a pandemia".
"Mostramos de forma convincente que as vendas de animais selvagens no mercado de Huanan, em Wuhan, estão implicadas nos primeiros casos humanos da doença", disse Goldstein.
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