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Empresa estatal francesa de energia pode reduzir produção de energia nuclear devido ao clima quente

© AFP 2023 / LOU BENOISTArquivo: usina de carvão operada pela gigante de energia francesa Électricité de France (EDF, na sigla em francês) é retratada em Le Havre, noroeste da França, 10 de janeiro de 2020
Arquivo: usina de carvão operada pela gigante de energia francesa Électricité de France (EDF, na sigla em francês) é retratada em Le Havre, noroeste da França, 10 de janeiro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 03.08.2022
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A Électricité de France (EDF, na sigla em francês) disse nesta quarta-feira (3) que pode impor restrições à produção de energia nuclear devido as ondas de calor, que podem afetar as usinas nucleares (NPP, na sigla em inglês) de Saint-Alban e Golfech.
"Devido às altas temperaturas projetadas no Vale do Ródano, as limitações de produção provavelmente afetarão a produção de energia nuclear na central nuclear de Saint-Alban a partir de 6 de agosto. No entanto, um mínimo de 700 MWh [megawatt-hora] de energia será fornecido à rede, com o valor sujeito a flutuações dependendo das necessidades da rede", disse a empresa em comunicado.
Os cortes de produção também vão ser introduzidos na central nuclear de Golfech a partir de quinta-feira (4), enquanto um dos reatores da central nuclear de Tricastin pode ser completamente encerrado, acrescentou a EDF.
Na semana passada, a EDF disse que no primeiro semestre do ano havia sofrido perdas de € 5,3 bilhões (cerca de R$ 28,3 bilhões), quebrando um recorde na história da empresa.
A EDF também vai ter que realizar extensos reparos em 12 reatores nucleares que foram desativados devido à corrosão nas soldas conectadas ao circuito primário das tubulações do sistema de resfriamento de emergência dos reatores. Além disso, outros 18 reatores foram desligados devido à manutenção preventiva programada.
No início de julho, a primeira-ministra francesa Elisabeth Borne anunciou que o governo francês aumentaria sua participação na empresa de energia EDF para 100%. Ela explicou a decisão pelo fato de que a situação climática extrema exige soluções radicais, enquanto a França deve garantir sua independência energética no contexto do conflito na Ucrânia.
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