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Exército Brasileiro compra programa que acessa celular e sistemas de armazenamento e não diz motivo
Exército Brasileiro compra programa que acessa celular e sistemas de armazenamento e não diz motivo
Sputnik Brasil
No comando do departamento que adquiriu o programa, está o general Heber Garcia Portella, militar designado pelo Ministério da Defesa para a comissão de... 03.08.2022, Sputnik Brasil
2022-08-03T14:57-0300
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O Comando de Defesa Cibernética do Exército (ComDCiber) adquiriu pela primeira vez uma ferramenta – já utilizada por polícias civis e federais, Instituto Nacional de Criminalística e Ministério Público – que permite extrair dados de telefones celulares, de sistemas de nuvem dos aparelhos e de registros públicos armazenados em redes sociais como Twitter, Facebook e Instagram (as duas últimas pertencentes às empresas do grupo Meta, banido da Rússia).A contratação do programa israelense Cellebrite UFED, feita com dispensa de licitação, foi assinada nos últimos dias de 2021 e o pedido formal para compra do equipamento partiu do chefe de gabinete do ComDCiber, coronel Alexander Vicente Ferreira, segundo a Folha de São Paulo.Também à frente do órgão, está o general Heber Garcia Portella, o militar designado pelo Ministério da Defesa para a comissão de transparência das eleições montada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).No entanto, os documentos da contratação feita para a unidade do Exército não especificam quais aparelhos celulares passariam a ser acessados nem qual é o embasamento jurídico para esse tipo de acesso a dados privados, de acordo com a mídia.Realizados os trâmites internos, a empresa – TechBiz Forense Digital, única fornecedora da ferramenta no Brasil – foi contratada em 28 de dezembro de 2021. O valor do contrato é de R$ 528 mil, com vigência de 28 de dezembro de 2021 a 27 de dezembro de 2024.Ao todo, o processo de contratação lista 41 funções que a ferramenta deve alcançar no processo de extração de dados de celulares.A Folha relata questionou o Exército sobre a aquisição da ferramenta e o objetivo da compra em cinco e-mails enviados desde 25 de maio. Não houve resposta.
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14:57 03.08.2022 (atualizado: 16:45 03.08.2022) No comando do departamento que adquiriu o programa, está o general Heber Garcia Portella, militar designado pelo Ministério da Defesa para a comissão de transparência das eleições montada pelo TSE.
O Comando de Defesa Cibernética do Exército (ComDCiber) adquiriu pela primeira vez uma ferramenta – já utilizada por polícias civis e federais, Instituto Nacional de Criminalística e Ministério Público – que permite extrair dados de telefones celulares, de sistemas de nuvem dos aparelhos e de registros públicos armazenados em redes sociais como Twitter, Facebook e Instagram (as duas últimas pertencentes às empresas do grupo Meta, banido da Rússia).
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contratação do programa israelense Cellebrite UFED, feita com dispensa de licitação, foi assinada nos últimos dias de 2021 e o pedido formal para compra do equipamento partiu do chefe de gabinete do ComDCiber, coronel
Alexander Vicente Ferreira,
segundo a Folha de São Paulo.
Também à frente do órgão, está o general
Heber Garcia Portella, o militar designado pelo Ministério da Defesa para a
comissão de transparência das eleições montada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No entanto, os documentos da contratação feita para a unidade do Exército
não especificam quais aparelhos celulares passariam a ser acessados
nem qual é o embasamento jurídico para esse tipo de acesso a dados privados, de acordo com a mídia.
"A justificativa para a aquisição de uma solução para perícia em dispositivos móveis é o histórico de demandas apresentadas ao ComDCiber nos últimos três anos. [...] Não é possível detalhar as atividades devido ao caráter sigiloso, todavia a existência de uma solução seria suficiente para viabilizar o trabalho realizado neste centro", afirma um dos documentos elaborados para a contratação datado de 14 de junho de 2021.
Realizados os trâmites internos, a empresa – TechBiz Forense Digital, única fornecedora da ferramenta no Brasil – foi contratada em 28 de dezembro de 2021. O valor do contrato é de R$ 528 mil, com vigência de 28 de dezembro de 2021 a 27 de dezembro de 2024.
Ao todo, o processo de contratação
lista 41 funções que a ferramenta deve alcançar no processo de
extração de dados de celulares.
A Folha relata questionou o Exército sobre a aquisição da ferramenta e o objetivo da compra em cinco e-mails enviados desde 25 de maio. Não houve resposta.