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Novo ministro da Economia da Argentina promete restaurar ordem fiscal no país, diz mídia
Novo ministro da Economia da Argentina promete restaurar ordem fiscal no país, diz mídia
Sputnik Brasil
De acordo com o Financial Times (FT), investidores esperam que Sergio Massa tenha capital político para tomar medidas duras para derrubar inflação... 04.08.2022, Sputnik Brasil
2022-08-04T10:20-0300
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O novo ministro da Economia da Argentina prometeu trazer ordem fiscal ao país, enquanto o governo peronista tenta restaurar sua credibilidade junto ao mercado e combater a inflação de dois dígitos. Na quarta-feira (3), o terceiro ministro a ocupar o cargo em apenas um mês, Sergio Massa afirmou não ser nem "um mágico, nem um salvador" e garantiu que "o desafio é enorme." Ex-presidente da Câmara dos Deputados da Argentina, Massa enfrenta a desafiadora tarefa de salvar uma economia arruinada pela inflação galopante, com reservas cada vez menores e uma dívida interna cada vez maior, enquanto as disputas internas tomam a cena política diante da eleição no próximo ano. Após a nomeação, os preços dos títulos subiram e os investidores parecem mais otimistas sobre a capacidade de Massa de conduzir reformas para reduzir a inflação. Silvina Batakis, sua antecessora que permaneceu no cargo por apenas 24 dias, assumiu em 4 de julho o cargo de Martín Guzmán, que renunciou inesperadamente após meses de disputas dentro da coalizão governista de esquerda sobre a direção da política econômica na intenção de cortar gastos e honrar as dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Desde então, o sentimento de equilíbrio financeiro do país se deteriorou. A desvalorização da moeda e a busca por dólares americanos para garantir os investimentos elevou ainda mais a inflação, que já está prevista para ultrapassar os 90%, segundo economistas. De acordo com uma pesquisa do banco central argentino, o país deve entrar em uma breve recessão acompanhada de forte contração econômica já no terceiro trimestre deste ano. Segundo o FT, os analistas continuam céticos sobre o nível de controle que Massa realmente vai exercer sobre o Ministério da Energia e outras instituições financeiras. O economista Fernando Marull disse que, embora uma série de cargos tenha sido entregue como parte da remodelação, "por enquanto, não há rostos novos" que sinalizem uma mudança na direção da liderança no Ministério das Finanças. Ainda para reforçar a credibilidade entre os investidores, o novo ministério "deve colocar um freio crível" na quantidade de moeda emitida pelo banco central, é o que acredita o ex-ministro das Finanças, Nicolás Dujovne. Para ele, sem a redução na impressão de dinheiro, "a inflação não vai cair". Em seu novo cargo, Massa também supervisionará as negociações com o FMI. Um porta-voz do fundo confirmou na quarta-feira que a equipe teve "uma reunião produtiva" com o novo ministro para discutir a implementação do programa antes de uma revisão trimestral em setembro. Além disso, Massa também deve se reunir com o Clube de Paris de 22 nações ainda no mês de agosto para renegociar mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10,6 bilhões) em dívida.
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Novo ministro da Economia da Argentina promete restaurar ordem fiscal no país, diz mídia
De acordo com o Financial Times (FT), investidores esperam que Sergio Massa tenha capital político para tomar medidas duras para derrubar inflação descontrolada no país em meio à imensa crise política.
O novo ministro da Economia da Argentina
prometeu trazer ordem fiscal ao país, enquanto o governo peronista tenta
restaurar sua credibilidade junto ao mercado e combater a inflação de dois dígitos.
Na quarta-feira (3), o terceiro ministro a ocupar o cargo em apenas um mês, Sergio Massa afirmou não ser nem "um mágico, nem um salvador" e garantiu que "o desafio é enorme."
Ex-presidente da Câmara dos Deputados da Argentina, Massa enfrenta a desafiadora tarefa de salvar uma economia arruinada pela
inflação galopante, com reservas cada vez menores e uma dívida interna cada vez maior, enquanto as
disputas internas tomam a cena política diante da eleição no próximo ano.
Após a nomeação, os preços dos títulos subiram e os investidores parecem mais otimistas sobre a capacidade de Massa de conduzir reformas para reduzir a inflação.
Silvina Batakis, sua antecessora que permaneceu no cargo por apenas 24 dias, assumiu em 4 de julho o cargo de Martín Guzmán, que renunciou inesperadamente após meses de disputas dentro da
coalizão governista de esquerda sobre a direção da política econômica na
intenção de cortar gastos e honrar as dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Desde então, o sentimento de equilíbrio financeiro do país se deteriorou. A desvalorização da moeda e a busca por dólares americanos para garantir os investimentos elevou ainda mais a inflação, que já está prevista para ultrapassar os 90%, segundo economistas.
De acordo com uma pesquisa do banco central argentino, o país deve entrar em uma breve recessão acompanhada de forte contração econômica já no terceiro trimestre deste ano.
Segundo o FT, os analistas continuam céticos sobre o nível de controle que Massa realmente vai exercer sobre o Ministério da Energia e outras instituições financeiras. O economista Fernando Marull disse que, embora uma
série de cargos tenha sido entregue como parte da remodelação, "por enquanto, não há rostos novos" que sinalizem uma mudança na direção da liderança no Ministério das Finanças.
Ainda para reforçar a credibilidade entre os investidores, o novo ministério "deve colocar um freio crível" na quantidade de moeda emitida pelo banco central, é o que acredita o ex-ministro das Finanças, Nicolás Dujovne. Para ele, sem a redução na impressão de dinheiro, "a inflação não vai cair".
Em seu novo cargo, Massa também supervisionará as
negociações com o FMI. Um porta-voz do fundo confirmou na quarta-feira que a equipe teve
"uma reunião produtiva" com o novo ministro para discutir a implementação do programa antes de uma revisão trimestral em setembro.
Além disso, Massa também deve se reunir com o Clube de Paris de 22 nações ainda no mês de agosto para renegociar mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10,6 bilhões) em dívida.