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EUA recusam vender mísseis antitanque ao Brasil por preocupação com Bolsonaro

© AP Photo / Efrem LukatskySoldado ucraniano armado com Javelin dos EUA na rua Khreshchatyk, durante um desfile militar para celebrar o Dia da Independência, em Kiev, Ucrânia, 24 de agosto de 2018
Soldado ucraniano armado com Javelin dos EUA na rua Khreshchatyk, durante um desfile militar para celebrar o Dia da Independência, em Kiev, Ucrânia, 24 de agosto de 2018 - Sputnik Brasil, 1920, 08.08.2022
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Um pedido do Exército brasileiro para comprar mísseis antitanque Javelin dos Estados Unidos, no valor de cerca de US$ 100 milhões (R$ 511,5 milhões), está parado nas mãos das autoridades de Washington.
Segundo informações publicadas pela Reuters nesta segunda-feira (8), parlamentares norte-americanos se recusam a vender os mísseis antitanque ao Brasil por preocupação com as intenções de Jair Bolsonaro. A reportagem, que ouviu deputados dos EUA, cita os ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro.
A proposta do Brasil para adquirir cerca de 220 mísseis Javelin foi feita inicialmente quando o ex-presidente Donald Trump, então aliado de Bolsonaro, estava na Casa Branca.
O Departamento de Estado aprovou a proposta no fim do ano passado, apesar de objeções por parte de algumas autoridades norte-americanas de baixo escalão, segundo fontes consultadas pela publicação.
O acordo sigiloso, entretanto, está emperrado em um limbo processual em meio à crescente preocupação entre os parlamentares democratas dos EUA a respeito dos questionamentos que Bolsonaro tem feito sobre a integridade das urnas eletrônicas e da segurança da eleição de outubro no Brasil, disseram as fontes.
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O pedido brasileiro pelos mísseis de alta tecnologia fabricados nos EUA, que ganharam fama por seu alegado uso efetivo pelas forças ucranianas contra blindados russos, acabou travado devido a um esforço liderado pelos democratas "para enviar uma mensagem a Bolsonaro e às Forças Armadas brasileiras".
"Está caminhando lentamente no Capitólio e não vai a lugar nenhum tão cedo" por conta das incertezas sobre Bolsonaro, disse uma fonte que acompanha as negociações.
Vale lembrar que, recentemente, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, trouxe ao Brasil uma mensagem de respeito à democracia em uma reunião de ministros de Defesa da região em julho.
A declaração foi dada após uma visita do diretor da CIA, William Burns, na qual ele disse a importantes assessores de Bolsonaro que o presidente deveria parar de minar a confiança no processo eleitoral do país.
Os EUA também estão preocupados com o retrocesso ambiental sob Bolsonaro, bem como seu relacionamento amigável com o presidente russo, Vladimir Putin.
Fabricado pelos gigantes da área de defesa Lockheed Martin e Raytheon, o Javelin tornou-se uma das armas mais conhecidas do mundo devido ao seu uso no conflito na Ucrânia.
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