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Analista explica quando China vai responder às provocações dos EUA em torno de Taiwan

© AP Photo / Alex Brandon, Eraldo PeresO presidente dos EUA, Joe Biden, em Washington, em 6 de novembro de 2021; e o presidente da China, Xi Jinping, em Brasília, no Brasil, em 13 de novembro de 2019
O presidente dos EUA, Joe Biden, em Washington, em 6 de novembro de 2021; e o presidente da China, Xi Jinping, em Brasília, no Brasil, em 13 de novembro de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 15.08.2022
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Embora agora a China esteja demonstrando certa tolerância, na opinião de Pequim o país responderá às provocações dos EUA em torno de Taiwan quando for mais vantajoso.
Segundo o analista do Instituto dos Estudos Orientais Dmitry Mosyakov, a China pode estar se preparando para anexar a ilha por completo.
No domingo (14), o Ministério das Relações Exteriores de Taiwan comunicou que uma delegação de congressistas norte-americanos encabeçada pelo senador Ed Markey chegou à ilha para se encontrar com os altos funcionários taiwaneses e discutir, em particular, as relações bilaterais entre os EUA e Taiwan, segurança nacional, comércio, investimentos e cadeias globais de suprimento.

"Penso que a China tem a sua própria estratégia em relação a todas estas ações [por parte dos Estados Unidos]. É difícil dizer se a resolução da questão de Taiwan neste momento faz parte dessa estratégia, até que ponto a China está pronta a realizar os objetivos que tem anunciado sobre Taiwan. É muito provável que a China conduza uma política completamente diferente, talvez uma política de certa tolerância e autocontrole, a fim de definitivamente se preparar para o objetivo de anexar Taiwan. Tem a sua própria estratégia, enquanto os EUA têm a sua. Ainda é difícil prever qual delas provará ser mais correta e bem-sucedida", disse o especialista.

Segundo Mosyakov, está claro que Pequim vai reagir e que esta reação pode ser bastante radical, mas os chineses podem usar o jogo de espera.
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"Suponho que isto [a chegada da delegação de congressistas norte-americanos] é uma tentativa dos EUA de influenciar os assuntos internos da China, de certa forma mostrar aos países do Sudeste Asiático que são os EUA quem impõe a agenda na região. Nas condições atuais de crise, os EUA não podem permitir que a China fique de fora. Sabem bem que tudo isso contribui para o fortalecimento da China. O ponto central da estratégia norte-americana é envolver a China em um conflito quando ela ainda não está suficientemente preparada. A China vai responder quanto for mais vantajoso do ponto de vista das autoridades chinesas", salientou.

A situação em torno de Taiwan se agravou após a visita recente de Nancy Pelosi, que se tornou a primeira viagem a Taiwan de um presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos desde 1997. A China considera a ilha sua província e tem se oposto a quaisquer contatos dos representantes de Taipé com funcionários incumbentes, especialmente de alto nível, ou militares dos países com os quais Pequim mantém relações diplomáticas.
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