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Polônia expõe 'tendências imperialistas' da UE e critica comportamento da Alemanha

© Sputnik / Sergei GuneevO chanceler alemão, Olaf Scholz, durante coletiva de imprensa após encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou, 15 de fevereiro de 2022
O chanceler alemão, Olaf Scholz, durante coletiva de imprensa após encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou, 15 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 22.08.2022
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As nações menores da União Europeia (UE) estão sofrendo de um "déficit de liberdade e igualdade" dentro do bloco, afirmou o ministro das Relações Exteriores polonês.
Em um longo artigo de opinião publicado no jornal polonês Rzeczpospolita, o ministro das Relações Exteriores da Polônia, Zbigniew Rau, fez uma série de críticas aos países da UE, enfatizando o caráter imperialista do bloco.
"Embora Bruxelas afirme estar enfrentando a ameaça imperialista representada pela Rússia, a própria UE não está livre de tendências imperialistas", disse o ministro. Em seguida, ele apontou que a "Alemanha é uma das forças motrizes por trás dessas aspirações imperialistas".
Ele relatou que os maiores países da UE tentam frequentemente "dominar seus parceiros, impor seus argumentos a eles, desconsiderar seus direitos, interesses e necessidades, ou não prestar atenção aos seus protestos", afirmou Rau, descrevendo esse comportamento como "ideias e tendências imperialistas".
Ao pedir reformas no processo de tomada de decisão, dando mais poder aos pequenos países, ele explicou que o bloco está à mercê das "aspirações dos Estados membros mais poderosos".
Bandeira alemã tremula no prédio de Petersberg antes da reunião de ministros das Finanças e Bancos Centrais do G7 em Koenigswinter, perto de Bonn, oeste da Alemanha, 19 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 21.08.2022
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O crescente papel do voto majoritário no processo de tomada de decisão da UE defendido por Berlim representa uma ameaça particular à liberdade e à igualdade dentro do bloco, acredita Rau.
"Estados pequenos e médios, que são desproporcionalmente menos capazes de construir coalizões efetivas" estão "condenados a perder" o voto mesmo quando seus próprios interesses ou necessidades essenciais são afetados, disse o ministro, acrescentando que o destino é então "decidido por outros, o que significa que sua liberdade é fundamentalmente violada".
Nações maiores da UE, como a Alemanha, possuem "uma vantagem econômica inquestionável e potencial demográfico" que também se traduz em "um poder de voto no processo de tomada de decisão da UE, que os pequenos e médios Estados são incapazes de contrabalançar mesmo agindo em conjunto", de acordo com Rau.
O ministro também afirmou que Berlim usa essa vantagem para perseguir seus interesses nacionais em detrimento dos Estados "dominados".
O principal diplomata da Polônia acusou a Alemanha em particular de fechar o acordo do gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte) com a Rússia para garantir uma "vantagem competitiva no mercado comum" e, assim, forçar todo o bloco a depender da energia russa. Isso levou à atual crise de energia que a UE está tentando resolver.
Olaf Scholz, chanceler alemão, fala durante entrevista coletiva com Alexander de Croo, primeiro-ministro da Bélgica (fora da foto), em Berlim, Alemanha, 10 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 21.08.2022
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