The Hill: Rússia disputa poder no Ártico
© Sputnik / Ministério da Defesa da Rússia / Acessar o banco de imagensCaça MiG-31 russo simulando interceptação de avião inimigo tentando entrar no espaço aéreo da Rússia em alta altitude e velocidade supersônica, durante exercício militar no Ártico
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A Rússia explora o Ártico de maneira demasiado ativa, intensificando a extração de recursos naturais no fundo do oceano Ártico, escreve Diane Francis, colaboradora do Centro Eurásia do Conselho Atlântico, em um artigo para a edição norte-americana The Hill.
"Ao longo de 20 da existência do Conselho [Ártico], Moscou tem apresentando reinvindicações ultrajantes e começou uma exploração de petróleo agressiva na região", afirmou.
A autora da publicação expressou a sua preocupação com o fato de Washington durante muito tempo ter ignorado o Ártico, deixando Moscou fortalecer as suas posições de forma significativa nesta região.
"O gelado oceano Ártico, metade do tamanho dos Estados Unidos, tem sido ignorado durante muito tempo", reclamou Francis.
A Rússia, salienta a autora, tem apostado de forma séria na Rota Marítima do Norte, que garante a comunicação por mar entre a Europa e a Ásia através do Ártico, permitindo que os navios contornem os canais de Suez e do Panamá.
"Mas a Rússia militarizou a região, construindo cerca de 50 postos avançados defensivos do mar de Barents", escreve a autora, o que demonstra a transformação do Ártico em uma região de competição geopolítica.
Além disso, o país começou a explorar o petróleo, passando a afirmar que a sua plataforma continental subaquática se estende pela maior parte do oceano Ártico.
Anteriormente, o The Times publicou um artigo com base em um relatório do centro analítico Civitas, cujo autor afirma que a Rússia está intensificando as suas atividades econômicas e militares no Ártico, a fim de transformá-lo em um "campo de batalha do futuro". O relatório apela ao Ocidente para "acordar" ante as atividades russas na região setentrional.
A Rússia, por sua vez, considera o Ártico como uma oportunidade para parcerias estáveis, e não uma plataforma para intrigas geopolíticas.
"Consideramos o Ártico não como uma plataforma para intrigas geopolíticas, mas como o território para conduzir o diálogo, para a estabilidade e a cooperação construtiva", disse Vladimir Putin, presidente russo.
Ao mesmo tempo, a chancelaria russa enfatizou que é difícil imaginar o formato do Conselho Ártico sem a participação da Rússia, que é o maior país desta região. Nesse contexto, a Rússia segue aberta para a parceria, incluindo com os países não árticos.
O Conselho Ártico foi formado em 1991 como um fórum intergovernamental de alto nível composto por oito nações que possuem costa no oceano Ártico: Rússia, Canadá, Dinamarca (Groenlândia), Finlândia, Islândia, Noruega, Suécia e Estados Unidos.