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The National Interest: 'Qualquer que seja resultado na Ucrânia, EUA vão sair derrotados'

© AP Photo / J. Scott ApplewhiteBandeira dos EUA tremulando no Capitólio, em Washington, D.C. EUA, 18 de julho de 2022
Bandeira dos EUA tremulando no Capitólio, em Washington, D.C. EUA, 18 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 22.08.2022
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Os EUA vão sofrer uma derrota quaisquer que sejam os resultados do conflito na Ucrânia, escreve Ramon Marks no seu artigo para o The National Interest.

"Independentemente de como o conflito ucraniano termine, os EUA vão sofrer uma derrota estratégica. A Rússia vai construir relações mais próximas com a China e outros países do continente euroasiático, incluindo a Índia, Irã, Arábia Saudita e os países do golfo Pérsico", diz a publicação.

Conforme o autor, tal como o presidente norte-americano Richard Nixon e o proeminente diplomata Henry Kissinger jogaram a carta chinesa a fim de isolar a União Soviética durante a Guerra Fria, o presidente russo Vladimir Putin e o líder chinês Xi Jinping vão jogar as suas próprias cartas para conter o domínio global de Washington.
Segundo Marks salienta, nos anos que vêm Pequim e Moscou vão gastar muito dinheiro para expandir as rotas de fornecimento de gás e petróleo entre os dois países, o que permitirá à Rússia se tornar o principal fornecedor de combustíveis da China. Isso ajudará Pequim a reduzir a sua dependência dos fornecimentos do Oriente Médio, que atravessam pontos muito vulneráveis – tais como o estreito de Malaca.
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"A Rússia também intensificou significativamente a sua parceria energética com a Índia. O aumento das vendas de combustíveis fósseis russos a este país vai prejudicar os esforços de aproximação a Nova Deli por parte dos EUA, Austrália e Japão", lembrou o jornalista.

De acordo com Marks, os efeitos das sanções impostas à Rússia se convertem em mais um problema para os EUA, já que as restrições no campo energético atingiram a Europa como o bumerangue, tendo provocado uma inflação e quebras no fornecimento de energia tão sérias que agora Bruxelas está tentando por todos os meios superar as consequências econômicas.
Assim, o autor chega à conclusão de que os EUA deixaram de ser a única potência dominante no mundo.
Em 24 de fevereiro, a Rússia começou a operação militar especial para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia. O Ocidente reagiu com a pressão sancionatória, tendo congelando ativos russos e optado pelo rumo de se recusar da energia russa. Contudo, tais medidas resultaram em problemas para os próprios EUA e a Europa, que estão sofrendo de uma inflação alta e o aumento dos preços dos alimentos e combustíveis.
Segundo salientou o presidente russo Vladimir Putin, os acontecimentos em curso estão pondo fim a dominação global do Ocidente tanto na política como na economia.
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