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Ucrânia critica governos do BRICS e cita Brasil: 'Esperamos que eleições mudem postura do país'

© AFP 2023 / Fabrice CoffriniYevheniia Filipenko, representante permanente da Ucrânia no escritório das Nações Unidas em Genebra, fala na abertura de uma sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra em 28 de fevereiro de 2022
Yevheniia Filipenko, representante permanente da Ucrânia no escritório das Nações Unidas em Genebra, fala na abertura de uma sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra em 28 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 24.08.2022
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Para Kiev, países que continuam a negociar com Moscou são responsáveis pela morte de ucranianos e devem mudar sua percepção e alinhamento com a Rússia, incluindo o Brasil, que precisa mostrar "que é amigo do povo ucraniano".
Nesta quarta-feira (24), durante entrevista coletiva em Genebra, a embaixadora da Ucrânia na ONU, Yevheniia Filipenko, criticou os governos que fazem parte do BRICS que mantiveram, e até ampliaram, o comércio com Moscou desde o início do conflito, segundo a coluna de Jamil Chade no portal UOL.

"O mundo todo deu uma resposta vocal contra a agressão [operação] da Rússia nas resoluções aprovadas na ONU. Os países, inclusive os do BRICS, demonstraram que apoiam a lei e ordem. Espero que entendam que a neutralidade e ter negócios com um país que perpetua agressão financiará a máquina de guerra e vai incentivar novas agressões, não apenas desse país, mas também de outros pelo mundo", afirmou.

Apesar de sanções, em sua grande maioria por parte dos EUA e Europa, Moscou continua a exportar aos parceiros do bloco. No caso brasileiro, os dados mostram que o país dobrou as importações de bens russos desde fevereiro, conforme noticiado.
Reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), 28 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 01.07.2022
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Sobre o Brasil, especificamente, Filipenko citou a "boa relação de trabalho" que mantém com o Itamaraty, sugerindo que há espaço para uma mudança e uma postura mais clara por parte do país após o pleito deste ano.

"Minha mensagem seria a de que continuemos a trabalhar juntos para defender a ordem internacional, o multilateralismo, e a Carta da ONU. Espero que a eleição no Brasil demonstre que povo brasileiro também apoia o povo ucraniano em nossa luta por liberdade, que ela traga uma mudança positiva e um papel positivo desse país no cenário internacional", declarou.

No Ministério das Relações Exteriores, a orientação é de crítica contra as sanções impostas contra a Moscou, postura reafirmada pelo Executivo através de declarações do presidente, Jair Bolsonaro.
Nos primeiros dias da operação russa na Ucrânia, o Brasil votou a favor de resoluções que denunciaram a operação, no entanto, o governo mudou de postura e, em várias votações nos organismos internacionais, optou por uma abstenção.
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