Tumba de 880 anos encontrada na Patagônia revela ritual funerário da 'última viagem' (FOTOS)
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Uma equipe de arqueólogos encontrou no noroeste da Patagônia argentina uma tumba pré-hispânica de 880 anos.
Em seu interior havia uma jovem mulher que foi enterrada em um wampo, uma canoa usada por indígenas mapuches para simbolizar a "última viagem".
A descoberta significa o primeiro achado de um enterro em uma canoa na Patagônia argentina, bem como o registro mais antigo na Argentina de cerâmica vermelha e branca bicromática utilizada como oferenda funerária.
El descubrimiento se realizó en San Martin de los Andes, en un sitio conocido como Newen Antug. Los restos están en lo que se conoce como "wampo" de madera o pequeña canoa: metáfora en la sociedad mapuche del viaje a la última morada de los muertos. pic.twitter.com/gQa6ScafA6
— Federico Kukso (@fedkukso) August 24, 2022
A descoberta foi realizada em San Martin de los Andes, em um sítio conhecido como Newen Antug. Os restos estão no que se conhece como wanpo de madeira ou pequena canoa: metáfora na sociedade mapuche da viagem à última moradia dos mortos.
A mulher encontrada tinha entre 17 e 25 anos quando morreu, em 1142, e estava em uma espécie de canoa com uma oferenda funerária de cerâmica do período da Cerâmica Tardia.
En el en el Noroeste de la Patagonia argentina, arqueólogos encontraron en una canoa los restos de una mujer adulta joven de hace 880 años: es el entierro de su tipo más antiguo conocido al sur del continente. pic.twitter.com/HdBQHepgVf
— Federico Kukso (@fedkukso) August 24, 2022
No noroeste da Patagônia argentina, arqueólogos encontraram em uma canoa os restos de uma mulher adulta jovem de há 880 anos: é o enterro mais antigo deste tipo conhecido ao sul do continente.
De acordo com os especialistas, a mulher foi enterrada em um wampo, em referência a uma metáfora na sociedade mapuche sobre a "última viagem", ou seja, para o último lar dos mortos.
Os mapuches são o maior povo indígena do Chile e, segundo os estudos, viveram no centro e sul do país, bem como no sudoeste da Argentina, há quase 1.000 anos.