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Urânio russo vira problema para indústria nuclear dos EUA

© AP Photo / Dmitry LovetskyUrânio retirado de armas nucleares russas segue para os EUA para ser utilizado como fonte de energia elétrica, em parceria chamada Megatons para Megawatts, em 2013 (foto de arquivo)
Urânio retirado de armas nucleares russas segue para os EUA para ser utilizado como fonte de energia elétrica, em parceria chamada Megatons para Megawatts, em 2013 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 26.08.2022
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Washington está considerando uma proibição do combustível nuclear russo, já que Moscou "não é mais uma fonte confiável", disseram autoridades do governo norte-americano.
Em entrevista ao Washington Examiner, Kathryn Huff, secretária-adjunta para Energia Nuclear do Departamento de Energia dos EUA, fez uma série de alertas sobre o futuro da indústria nuclear norte-americana e as parcerias estabelecidas com a Rússia.
Segundo ela, os EUA não poderão substituir o urânio russo no caso de uma proibição de importação, acrescentando que Washington deve desenvolver capacidades de enriquecimento internamente.
"Em todo o mundo, não há capacidade suficiente para substituir essa lacuna de fontes confiáveis", afirmou a funcionária norte-americana ao responder uma pergunta sobre a possibilidade de se interromper as importações de urânio russo.
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Ela explicou que "a dependência dos EUA do urânio de origem russa representava riscos únicos de segurança energética e segurança nacional" e observou que a Rússia ainda fornece cerca de 20% do urânio de baixo enriquecimento para os reatores americanos existentes.

"Temos a maior frota nuclear do mundo e atualmente não temos capacidade de fornecer combustível para todos os nossos reatores", disse, alegando que a Rússia "não é mais uma fonte confiável de nosso combustível, e precisamos encontrar alternativas aqui e construir essa cadeia de suprimentos".

A Rússia supostamente respondeu por 16,5% do urânio importado pelos EUA em 2020 e 23% do urânio enriquecido necessário para alimentar os reatores nucleares comerciais do país. "Atualmente, não há mais a quem recorrer para preencher a lacuna se as importações de urânio forem proibidas", concluiu Huff.
Os comentários de Huff reforçam as declarações da secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, que também havia chamado a dependência de Washington das importações de Moscou de uma "vulnerabilidade" para a segurança econômica e nacional.
Os EUA mantêm a capacidade de minerar urânio, mas dependem fortemente da Rússia para o enriquecimento, dado que o país tem apenas uma instalação comercial de enriquecimento restante: uma usina administrada no Novo México.
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