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Argentina: milhares realizam marcha em apoio a Cristina Kirchner e oposição instala barreiras
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Milhares de argentino marcharam neste sábado (27) na Argentina para manifestar apoio à vice-presidente Cristina Kirchner. Esta semana, o Ministério Público... 27.08.2022, Sputnik Brasil
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Segundo a agência Télam, marchas foram realizados por todo o país para demonstrar apoio à ex-presidente, mas foi na capital Buenos Aires que a situação se agravou. O portal C5N classificou as marchas como "históricas".Finalmente a mobilização passou pelas cercas. A polícia com provocações até o fim. Muitas, muitas pessoas na frente da casa de Cristina Kirchner e em todos os arredores.O governador da capital, Horácio Rodríguez Larreta, mandou instalar barreiras nas proximidades da residência de Cristina, o que foi visto pelos peronistas como uma tentativa de desmobilizar os atos e provocação à vice-presidente "A lógica do Sr. Larreta é a mesma lógica do partido judicial. Para macristas: cuidado e proteção. Para os peronistas: cercas, infantaria da polícia da cidade e até paus, gás lacrimogêneo e spray de pimenta como segunda à noite. O que foi dito naquele dia à noite: eles nunca foram e nunca serão democráticos", completou.Larreta é aliado do ex-presidente Maurício Macri, faz oposição ao governo de Alberto Fernández e é um dos potenciais candidatos para disputar as eleições presidenciais de 2023 pelo campo oposicionista.Todos e todas para a praça de Juncal e ParanáO que há de errado com você, Larreta!? Está nervoso!?A polícia da cidade reprimiu manifestantes com jatos d'água, gás lacrimogênio e golpes de cassetete. Um jornalista, Ezequiel Guazzora, foi agredido pelas forças policiais e parlamentares kirchneristas foram detidos. Peronistas denunciaram ainda que agentes da cidade estariam filmando manifestantes.O presidente Alberto Fernández criticou o governador portenho e exigiu que sejam cessadas as provocações contra a vice-presidente. "É imprescindível que o assédio à vice-presidente Cristina Kirchner cesse e que se garanta o direito de livre expressão e manifestação dos cidadãos", escreveu no Twitter.Expresso meu mais enérgico repúdio à violência institucional desencadeada pelo Governo da Cidade diante de uma manifestação massiva de cidadãos se expressando livremente e em democracia.Presidentes latino-americanos apoiam Cristina KirchnerPresidentes de quatro países latino-americanos divulgaram um manifesto na quarta-feira (24) em defesa de Cristina. Andrés Manuel López Obrador (México), Luis Arce (Bolívia), Gustavo Petro (Colômbia) e Alberto Fernández (Argentina), assinaram um documento conjunto em que condenam "estratégias de perseguição judicial para eliminar opositores políticos”.Os chefes de Estado afirmam que o objetivo desta “perseguição” é afastar a vice-presidente da “vida pública, política e eleitoral, bem como enterrar os valores e ideais que ela representa, com o objetivo final de implantar uma modelo neoliberal”.O sociólogo Javier Calderón, disse à rádio Telescópio, da Sputnik, que "atacar Cristina Fernández tem o objetivo de limitar seu potencial eleitoral diante das próximas eleições, mas também busca disciplinar o governo para que se sintam impedidos de seguir as decisões dela durante esse um ano e meio que resta de gestão"."Eles tentam tirar peso das opiniões da vice-presidente, tentam silenciá-la e que suas declarações não têm o eco que têm na sociedade argentina. Isso é muito perigoso e delicado", destacou."Estamos diante da renovação da perseguição judicial ou guerra judicial na América Latina, algo preocupante. Vimos isso com Lula no Brasil e sua proibição de ser candidato presidencial, o que deu a Jair Bolsonaro a possibilidade de chegar ao governo", assegurou.Denúncia do Ministério PúblicoO Ministério Público da Argentina solicitou, na segunda-feira (22), uma pena de 12 anos de prisão contra Kirchner por um suposto caso de corrupção envolvendo superfaturamento de obras públicas na província de Santa Cruz.Cristina Kirchner é acusada de liderar um esquema ilícito de fraude para favorecer o empresário Lázaro Baez, que tinha uma relação próxima com os Kirchner. Baez é dono da Austral Construções, empreiteira fundada após a eleição de Néstor Kirchner e que mais venceu licitações para obras durante as gestões do ex-presidente. Segundo da denúncia, os crimes de superfaturamento de obras teriam ocorrido entre 2007 e 2015.A partir de agora, Kirchner tem 10 dias úteis para apresentar sua defesa. O processo ainda pode levar vários meses, mas a expectativa é que o veredicto saia antes do final do ano.
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Argentina: milhares realizam marcha em apoio a Cristina Kirchner e oposição instala barreiras
20:48 27.08.2022 (atualizado: 20:51 27.08.2022) Milhares de argentino marcharam neste sábado (27) na Argentina para manifestar apoio à vice-presidente Cristina Kirchner. Esta semana, o Ministério Público argentino pediu a condenação da dirigente a 12 anos de prisão em processo criticado como mais um episódio de lawfare — perseguição judicial — contra líderes de esquerda.
Segundo a
agência Télam,
marchas foram realizados por todo o país para demonstrar apoio à ex-presidente, mas foi na capital
Buenos Aires que a situação se agravou. O portal
C5N classificou as marchas como
"históricas".
Finalmente a mobilização passou pelas cercas. A polícia com provocações até o fim. Muitas, muitas pessoas na frente da casa de Cristina Kirchner e em todos os arredores.
O governador da capital, Horácio Rodríguez Larreta, mandou instalar
barreiras nas proximidades da residência de Cristina, o que foi visto pelos peronistas como uma
tentativa de desmobilizar os atos e
provocação à vice-presidente "Hoje acordei com a esquina da minha casa literalmente sitiada. As cercas colocadas pelo Sr. Larreta [...] querem proibir manifestações absolutamente pacíficas e alegres de amor e apoio, que acontecem diante da já inegável perseguição do partido judicial", disse Cristina em nota.
"A lógica do Sr. Larreta é a mesma lógica do partido judicial. Para macristas: cuidado e proteção. Para os peronistas: cercas, infantaria da polícia da cidade e até paus, gás lacrimogêneo e spray de pimenta como segunda à noite. O que foi dito naquele dia à noite: eles nunca foram e nunca serão democráticos", completou.
Larreta é
aliado do ex-presidente Maurício Macri, faz oposição ao governo de Alberto Fernández e é um dos potenciais candidatos para disputar as eleições presidenciais de 2023 pelo campo oposicionista.
Todos e todas para a praça de Juncal e Paraná
O que há de errado com você, Larreta!? Está nervoso!?
A polícia da cidade reprimiu manifestantes com jatos d'água, gás lacrimogênio e golpes de cassetete. Um jornalista, Ezequiel Guazzora, foi agredido pelas forças policiais e parlamentares kirchneristas foram detidos. Peronistas denunciaram ainda que agentes da cidade estariam filmando manifestantes.
O presidente Alberto Fernández criticou o governador portenho e exigiu que sejam cessadas as provocações contra a vice-presidente. "É imprescindível que o assédio à vice-presidente Cristina Kirchner cesse e que se garanta o direito de livre expressão e manifestação dos cidadãos", escreveu no Twitter.
Expresso meu mais enérgico repúdio à violência institucional desencadeada pelo Governo da Cidade diante de uma manifestação massiva de cidadãos se expressando livremente e em democracia.
Presidentes latino-americanos apoiam Cristina Kirchner
Presidentes de quatro países latino-americanos divulgaram um manifesto na quarta-feira (24) em defesa de Cristina. Andrés Manuel López Obrador (México), Luis Arce (Bolívia), Gustavo Petro (Colômbia) e
Alberto Fernández (Argentina), assinaram um documento conjunto em que condenam "estratégias de perseguição judicial para eliminar opositores políticos”.
Os chefes de Estado afirmam que o objetivo desta “perseguição” é afastar a vice-presidente da “vida pública, política e eleitoral, bem como enterrar os valores e ideais que ela representa, com o objetivo final de implantar uma modelo neoliberal”.
O sociólogo Javier Calderón,
disse à rádio Telescópio, da Sputnik, que "
atacar Cristina Fernández tem o objetivo de limitar seu potencial eleitoral diante das próximas eleições, mas também busca disciplinar o governo para que se sintam impedidos de seguir as decisões dela durante esse um ano e meio que resta de gestão".
"Eles tentam tirar peso das opiniões da vice-presidente, tentam silenciá-la e que suas declarações não têm o eco que têm na sociedade argentina. Isso é muito perigoso e delicado", destacou.
"Estamos diante da renovação da perseguição judicial ou guerra judicial na América Latina, algo preocupante. Vimos isso com Lula no Brasil e sua proibição de ser candidato presidencial, o que deu a Jair Bolsonaro a possibilidade de chegar ao governo", assegurou.
Denúncia do Ministério Público
O Ministério Público da Argentina solicitou, na segunda-feira (22), uma pena de 12 anos de prisão contra Kirchner por um
suposto caso de corrupção envolvendo superfaturamento de obras públicas na província de Santa Cruz.
Cristina Kirchner é acusada de liderar um esquema ilícito de fraude para favorecer o empresário Lázaro Baez, que tinha uma relação próxima com os Kirchner. Baez é dono da Austral Construções, empreiteira fundada após a eleição de Néstor Kirchner e que mais venceu licitações para obras durante as gestões do ex-presidente. Segundo da denúncia, os crimes de superfaturamento de obras teriam ocorrido entre 2007 e 2015.
A partir de agora, Kirchner tem 10 dias úteis para apresentar sua defesa. O processo ainda pode levar vários meses, mas a expectativa é que o veredicto saia antes do final do ano.