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Trafigura Group 'desvia' combustível da Rússia rejeitado pela Europa a Equador, escreve Bloomberg

© AFP 2023 / Paul MartensPetroleiro Sunny Liger, de bandeira das ilhas Marshall, com carga de diesel da Rússia, ancorado no mar do Norte, perto de IJmuiden, Países Baixos, 30 de abril de 2022
Petroleiro Sunny Liger, de bandeira das ilhas Marshall, com carga de diesel da Rússia, ancorado no mar do Norte, perto de IJmuiden, Países Baixos, 30 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 27.08.2022
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Apesar das sanções impostas à Rússia e apelos para deixar o mercado russo, o Trafigura Group está vendendo diesel do país ao Equador, escreve mídia.
O Trafigura Group, um dos maiores comerciantes de mercadorias mundiais, que anunciou há alguns meses que estava reduzindo significativamente seus negócios na Rússia devido a sanções, está vendendo diesel russo para países latino-americanos, relata na sexta-feira (26) a agência norte-americana Bloomberg citando fontes familiarizadas com o assunto.
Assim, a empresa multinacional teria fretado o navio Marlin Aventurine para entregar 262.000 barris de diesel à Petroecuador, empresa petrolífera estatal do Equador. O navio, carregado no porto russo de Taman, chegou ao país sul-americano na semana passada, segundo a Bloomberg.
A Petroecuador afirmou que normalmente compra combustível das refinarias dos EUA, mas que atualmente o país tem um déficit no fornecimento de produtos petrolíferos, e que a principal prioridade é compensá-lo. Além disso, a empresa referiu que o Equador não restringe a compra de hidrocarbonetos russos.
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Ao mesmo tempo, a Petroecuador advertiu o Trafigura que não pode lhe fornecer uma carta de crédito para o petróleo russo, e que "o comerciante deve assumir esse risco", pelo que mesmo o Banco Central do Equador não pode garantir o pagamento caso a Petroecuador decida se retirar do acordo.
Um porta-voz do Trafigura Group disse à Bloomberg por e-mail que a empresa não comenta remessas individuais, e que continua cumprindo as sanções da União Europeia (UE).
Muitas empresas nos últimos meses, incluindo o Trafigura Group, têm reduzido ou abandonado sua presença na Rússia devido às sanções ocidentais impostas pela operação militar especial russa na Ucrânia. A empresa transnacional anunciou em abril que deixaria de assinar contratos de petróleo bruto com a empresa estatal russa Rosneft a partir de 15 de maio, e que reduziria significativamente as compras de produtos petrolíferos da Rússia.
A UE planeja proibir a grande maioria do petróleo e produtos petrolíferos russos a partir de dezembro de 2022, com exceções temporárias para países como a Bulgária, Eslováquia, Hungria e República Tcheca, que têm dependência particularmente grande do fornecimento da Rússia, e receberam plena permissão para o usar até 2024.
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