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Hungria diz que há países da UE que se opõem silenciosamente às sanções antirrussas
Hungria diz que há países da UE que se opõem silenciosamente às sanções antirrussas
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Os EUA e seus aliados impuseram duras sanções contra a Rússia logo após Moscou lançar sua operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro. As sanções... 28.08.2022, Sputnik Brasil
2022-08-28T11:29-0300
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O ministro húngaro das Relações Exteriores e Comércio, Peter Szijjarto, afirmou que Budapeste não está sozinha em sua relutância em aplicar sanções aos exportadores de energia russos, mas que outros países, que estão sob a influência do "mainstream liberal", não se atrevem a perseguir políticas baseadas em seus próprios interesses. Falando no fórum público TRANZIT em Tihany, Hungria, no sábado (27), Szijjarto disse que gostaria de esclarecer que seu país "nem está disposto a negociar mais sanções" relativas ao setor de petróleo e gás. De acordo com Szijjarto, durante o encontro "vários colegas" se aproximaram dele e disseram: "Peter, você é contra isso [sanções às exportações de petróleo da Rússia], certo? Nós estamos com você". Durante o discurso, Szijjarto também deu sua opinião sobre por quanto tempo a Europa vai depender do petróleo e do gás russos. Ele argumentou que "enquanto o gás não puder ser transportado por trem ou em uma mochila, a Europa não poderá se livrar da dependência dos recursos energéticos russos". No mês passado, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, insistiu que, enquanto as sanções não tenham conseguido desestabilizar Moscou, "a Europa está com problemas, econômica e politicamente, e quatro governos se tornaram vítimas: do Reino Unido, búlgaro, italiano e estoniano". Também em julho, o presidente russo Vladimir Putin admitiu que as sanções prejudicam a economia do país e muitos riscos ainda permanecem, mas acrescentou que essas medidas restritivas infligem mais danos a quem as impôs. Sanções contra a Rússia foram aplicadas pelos EUA e seus aliados no final de fevereiro, logo após Moscou lançar sua operação militar especial para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia. Na esteira das medidas restritivas antirrussas do Ocidente, a inflação disparou em muitos países ocidentais, levando os preços da energia para números recordes.
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Hungria diz que há países da UE que se opõem silenciosamente às sanções antirrussas
Os EUA e seus aliados impuseram duras sanções contra a Rússia logo após Moscou lançar sua operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro. As sanções, no entanto, também tiveram um impacto nas economias ocidentais, provocando inflação recorde e aumento dos preços do gás.
O ministro húngaro das Relações Exteriores e Comércio, Peter Szijjarto, afirmou que Budapeste
não está sozinha em sua relutância em aplicar sanções aos exportadores de energia russos, mas que outros países, que estão sob a influência do "
mainstream liberal", não se atrevem a perseguir políticas baseadas em seus próprios interesses.
Falando no fórum público TRANZIT em Tihany, Hungria, no sábado (27), Szijjarto disse que gostaria de esclarecer que seu país "
nem está disposto a negociar mais sanções" relativas ao setor de
petróleo e gás.
"E quero dizer que não estamos sozinhos nisso", enfatizou o principal diplomata húngaro, lembrando um episódio durante uma recente reunião ministerial da União Europeia (UE), que se concentrou na "questão de limitar o petróleo da Rússia".
De acordo com Szijjarto, durante o encontro "vários colegas" se aproximaram dele e disseram: "Peter, você é contra isso [sanções às exportações de petróleo da Rússia], certo? Nós estamos com você".
"Aqueles que dizem a verdade estão sob uma pressão tão incrível do mainstream liberal que, se não houver estabilidade política em um certo nível e, como resultado, coragem política no país, eles simplesmente não ousam agir em seus próprios interesses", destacou o ministro das Relações Exteriores húngaro.
Durante o discurso, Szijjarto também deu sua opinião sobre por quanto tempo a
Europa vai depender do petróleo e do gás russos. Ele argumentou que "enquanto o gás não puder ser transportado por trem ou em uma mochila, a
Europa não poderá se livrar da dependência dos recursos energéticos russos".
No mês passado, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, insistiu que, enquanto as sanções não tenham conseguido desestabilizar Moscou, "a Europa está com problemas, econômica e politicamente, e quatro governos se tornaram vítimas: do Reino Unido, búlgaro, italiano e estoniano".
"As pessoas vão enfrentar um forte aumento nos preços. E a maior parte do mundo deliberadamente também não nos apoiou – China, Índia, Brasil, África do Sul, mundo árabe, África – todos estão distantes desse conflito [da Ucrânia], estão interessados em seus próprios assuntos", adicionou Orbán.
Também em julho, o presidente russo Vladimir Putin admitiu que as
sanções prejudicam a economia do país e muitos riscos ainda permanecem, mas acrescentou que essas medidas restritivas infligem mais danos a
quem as impôs.
Sanções contra a Rússia foram aplicadas pelos EUA e seus aliados no final de fevereiro, logo após Moscou lançar sua
operação militar especial para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia. Na esteira das medidas restritivas antirrussas do Ocidente, a inflação disparou em muitos países ocidentais, levando os
preços da energia para números recordes.