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Bolsonaro diz que Abin 'faz seu trabalho' e nega ter influência sobre a agência

© Foto / Clauber Cleber Caetano / Palácio do Planalto / CC BY 2.0Presidente Jair Bolsonaro em reunião do Conselho Federal de Medicina (CFM), em 27 de julho de 2022
Presidente Jair Bolsonaro em reunião do Conselho Federal de Medicina (CFM), em 27 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 30.08.2022
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Presidente se pronunciou na tarde desta terça-feira (30) sobre relatório da PF que apontou interferência da Abin em investigação sobre seu filho Jair Renan.
O presidente Jair Bolsonaro se pronunciou, na tarde desta terça-feira (30), sobre o relatório da Polícia Federal (PF) que apontou interferência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em uma investigação envolvendo um de seus filhos, Jair Renan.
Em entrevista dada a jornalistas em Brasília, na saída de um evento promovido pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS), Bolsonaro disse que "não tem influência sobre a Abin" e afirmou que a agência "faz seu trabalho".
"Investigue. Não compare meus filhos com os filhos do Lula. Vocês passaram anos sem falar do filho do Lula. Qualquer filho tem que ser investigado. Agora, pare de massacrar", disse Bolsonaro.
Segundo uma reportagem publicada pelo jornal O Globo, um relatório da PF enviado à Justiça de Brasília apontou que um agente da Abin foi flagrado levantando informações a respeito de uma operação da PF que tinha como alvo Jair Renan.
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A operação foi realizada em 16 de março do ano passado. O filho do presidente da República e seu preparador físico, Allan Lucena, eram investigados por suspeita de tráfico de influência. Na época, Jair Renan e Lucena receberam de presente um carro elétrico no valor de R$ 90 mil, dado por um empresário interessado em receber recursos públicos.
Durante a investigação, de acordo com o relatório da PF, Lucena percebeu, em uma ocasião, que estava sendo seguido por um carro, que entrou na garagem do prédio onde morava. O preparador físico acionou a Polícia Militar. Ao ser abordado, o suspeito se identificou como Luiz Felipe Barros Felix, um agente da PF cedido à Abin.
Convocado pela PF para prestar esclarecimentos, Felix informou que atuava vinculado diretamente a Alexandre Ramagem, que na ocasião comandava a Abin e era tido por Bolsonaro como pessoa de confiança. O agente informou ter recebido a missão de saber quem estava usando o veículo.
"O objeto de conhecimento era para saber se os informes que pudessem trazer risco à imagem ou à integridade física do presidente eram verdadeiros ou não", disse Felix à época.
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