Kiev planejou fazer delegação da AIEA de refém, dizem autoridades de Zaporozhie
02:17 04.09.2022 (atualizado: 12:17 05.09.2022)
© Sputnik / Konstantin MikhalchevskyO diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi (centro, à direita em primeiro plano) e delegados da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) inspecionam o local da queda de um míssil de cruzeiro na usina nuclear de Zaporozhie, região ucraniana controlada por militares russos
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As autoridades de Kiev pretendiam fazer a missão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) à usina nuclear de Zaporozhie de refém, disse à Sputnik Vladimir Rogov, membro do conselho principal da administração civil-militar regional de Zaporozhie, comentando dois recentes incidentes envolvendo grupos de sabotagem ucranianos.
Segundo Rogov, as tropas ucranianas intensificaram os ataques à usina nuclear antes dos resultados da inspeção da AIEA. Autoridades russas também denunciaram uma tentativa de tomada da usina por forças de Kiev.
"No caso de uma captura bem-sucedida da usina nuclear, o objetivo dos sabotadores ucranianos era tomar como reféns a delegação da AIEA e os funcionários da usina nuclear, a fim de usá-los como um escudo humano para estabelecer o controle sobre a usina nuclear, o que permitiria chantagear a Rússia e o mundo inteiro com uma ameaça nuclear", disse Rogov à Sputnik no sábado (3), comentando as duas tentativas de sabotagem.
© Sputnik / РИА НовостиСarros com a inscrição "ONU" com delegados da AIEA no posto de Vasilievka, a caminho da usina nuclear de Zaporozhie
Сarros com a inscrição "ONU" com delegados da AIEA no posto de Vasilievka, a caminho da usina nuclear de Zaporozhie
© Sputnik / РИА Новости
Na sexta-feira (2), Rogov disse que pelo menos duas dúzias de barcos de alta velocidade com um grande número de pessoas armadas desceram o rio Dniepre da área do reservatório de Kakhovka, não muito longe da usina.
De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, na quinta-feira (1º), 60 paraquedistas ucranianos tentaram tomar a usina, pouco antes da chegada da delegação da AIEA, chefiada pelo diretor-geral Rafael Grossi. A maioria dos soldados ucranianos, que chegaram em sete barcos e desembarcaram na costa do reservatório de Kakhovka, a três quilômetros da usina, foram neutralizados.
Conforme declaração de Rogov, a missão da AIEA permanecerá na usina nuclear até pelo meno a próxima segunda-feira (5). A delegação chegou ao local na quinta-feira (1º), percorreu a instalação e inspecionou as seções da usina danificadas por um recente bombardeio ucraniano. Grossi deve apresentar um relatório sobre a central nuclear de Zaporozhie ao conselho da agência no início da semana.