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López Obrador diz que vai continuar com seu grande projeto no México, apesar da oposição

© AP Photo / Eduardo VerdugoO presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, durante cerimônia na praça principal da Cidade do México (Zócalo), em 13 de agosto de 2021
O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, durante cerimônia na praça principal da Cidade do México (Zócalo), em 13 de agosto de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 04.09.2022
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O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, voltou a dar luz verde a um de seus maiores planos de governo, após várias semanas de um processo judicial contra a megaobra que visa impulsionar o comércio e o turismo no sudeste do país latino-americano.
Apesar das reclamações e liminares contra o Trem Maia por supostos danos ambientais, o governo do México anunciou que as obras vão continuar, em meio a fortes críticas contra este projeto que deve custar cerca de US$ 15 bilhões (aproximadamente R$ 77,5 bilhões), embora o valor possa chegar a US$ 20 bilhões (cerca de R$ 103,4 bilhões) como o próprio presidente mexicano chegou a reconhecer.
A cifra é 150% superior ao projetado pelas autoridades federais, que garantem que o megaprojeto vai impulsionar a atividade econômica na península de Yucatán, onde estão localizadas algumas das florestas e reservas ecológicas mais importantes da América Latina.
Em suas redes sociais, o presidente do México garantiu que as ações movidas contra o Trem Maia não procedem sob nenhum argumento jurídico.
López Obrador disse que a oposição ao seu projeto de infraestrutura não é autêntica, pois é financiada por seus rivais políticos, e até sugeriu a possibilidade de que o governo dos Estados Unidos esteja por trás das críticas ao Trem Maia.
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"Aí se usa um procedimento estabelecido por lei, que é declarar essa obra de segurança nacional, por muitas razões, porque um governo estrangeiro [o dos Estados Unidos] está intervindo, porque se está perdendo dinheiro do orçamento, porque é uma obra prioritária, porque estão sendo aplicadas táticas de atraso, porque não há justiça rápida", acusou o presidente.
O político mexicano chegou a acusar o empresário Claudio X. González, o ex-ministro da Corte Suprema de Justiça da Nação (SCJN) José Ramón Cossío e a acadêmica María Amparo Casar de serem algumas das figuras que promovem as liminares e o protestos contra o Trem Maia, apesar de não haver conflitos com os moradores da área onde o projeto vai passar e eles nunca terem se manifestado a favor do meio ambiente.
O juiz federal do distrito de Yucatán, Adrián Novelo, autorizou em maio deste ano a suspensão das obras do Trem Maia, especificamente as do "trecho 5", que são construídas entre Playa del Carmen e Tulum, dois dos destinos turísticos mais movimentados do México, a primeira suspensão que interromperia este projeto indefinidamente.
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