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Urano e Netuno podem ter mais 'chuvas de diamantes' do que se pensava, determina estudo
Urano e Netuno podem ter mais 'chuvas de diamantes' do que se pensava, determina estudo
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Após um estudo de 2017, que descobriu o processo pelo qual os dois planetas gasosos passavam pelo fenômeno de "chuvas de diamantes", cientistas concluíram que... 04.09.2022, Sputnik Brasil
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Pesquisadores da Alemanha, EUA e França publicaram na revista Science Advances um estudo que aponta para uma maior intensidade de "chuvas de diamantes" nos planetas Urano e Netuno do que foi concluído previamente.Em 2017 cientistas do Centro do Acelerador Linear de Stanford (SLAC na sigla em inglês), nos EUA, descobriram o fenômeno após usar um laser óptico e plásticos PET (politereftalato de etileno) para simular o interior dos dois planetas do Sistema Solar, ambos com condições de alta pressão.Os autores da mais recente pesquisa ajustaram a experiência anterior e utilizaram um novo material que se assemelha melhor à composição química encontrada em Netuno e Urano. Usando plásticos PET, que apresentam níveis mais altos de oxigênio do que os experimentos anteriores e estudos de raios X, os pesquisadores conseguiram observar a divisão de carbono e hidrogênio, que criou os diamantes.Os pesquisadores replicaram as temperaturas e pressões extremas dentro de Netuno e Urano e observaram a "chuva de diamantes", com o metano sendo quebrado por intensa pressão e liberando carbono, antes de o carbono criar cadeias. Em seguida as cadeias se comprimem até formarem padrões cristalinos que dão a aparência de diamantes. Estes caem então através de camadas do manto até serem vaporizados pelo calor e depois flutuam novamente para cima, repetindo o ciclo.Os pesquisadores acreditam que o fenômeno pode ser mais comum do que se pensava anteriormente e preveem que os diamantes encontrados nestes planetas gelados podem pesar milhões de quilates. O maior diamante da Terra, conhecido como Cullinan, pesa pouco mais de 3.100 quilates, ou 620 gramas.Os pesquisadores continuam testando e modificando sua experiência de "chuva de diamantes" para ver como o fenômeno ocorre em ar denso e rarefeito, enquanto a agência espacial norte-americana NASA planeja uma missão a Urano e Netuno, possivelmente durante a próxima década.
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Urano e Netuno podem ter mais 'chuvas de diamantes' do que se pensava, determina estudo
Após um estudo de 2017, que descobriu o processo pelo qual os dois planetas gasosos passavam pelo fenômeno de "chuvas de diamantes", cientistas concluíram que o fenômeno é mais comum do que se pensava.
Pesquisadores da Alemanha, EUA e França
publicaram na revista Science Advances um estudo que aponta para uma maior intensidade de "chuvas de diamantes" nos planetas Urano e Netuno do que foi concluído previamente.
Em 2017 cientistas do Centro do Acelerador Linear de Stanford (SLAC na sigla em inglês), nos EUA, descobriram o fenômeno após usar um laser óptico e plásticos PET (politereftalato de etileno) para
simular o interior dos dois planetas do Sistema Solar, ambos com condições de alta pressão.
Os autores da mais recente pesquisa ajustaram a experiência anterior e utilizaram um novo material que se assemelha melhor à composição química encontrada em Netuno e Urano. Usando plásticos PET, que apresentam níveis mais altos de oxigênio do que os experimentos anteriores e estudos de
raios X, os pesquisadores conseguiram observar a divisão de carbono e hidrogênio, que criou os diamantes.
"O efeito do oxigênio foi acelerar a divisão do carbono e hidrogênio e assim incentivar a formação de nanodiamantes. Isso significava que os átomos de carbono poderiam se combinar mais facilmente e formar diamantes",
disse Dominik Kraus, físico e professor da Universidade de Rostock, Alemanha.
Os pesquisadores replicaram as temperaturas e pressões extremas dentro de Netuno e Urano e observaram a "chuva de diamantes", com o metano sendo quebrado por intensa pressão e liberando carbono, antes de o carbono criar cadeias. Em seguida as cadeias se comprimem até formarem padrões cristalinos que dão a aparência de diamantes. Estes caem então através de camadas do manto até serem vaporizados pelo calor e depois flutuam novamente para cima, repetindo o ciclo.
Os pesquisadores acreditam que o fenômeno pode ser mais comum do que se pensava anteriormente e preveem que os diamantes encontrados nestes planetas gelados podem pesar milhões de quilates. O maior diamante da Terra, conhecido como Cullinan, pesa pouco mais de 3.100 quilates, ou 620 gramas.
"A maneira como os nanodiamantes são feitos atualmente é pegando um monte de carbono ou diamante e explodi-lo com explosivos. A produção a laser poderia oferecer um método mais limpo e mais facilmente controlado para produzir nanodiamantes", sugeriu Benjamin Ofori-Okai, um cientista do SLAC e coautor do projeto.
Os pesquisadores continuam testando e modificando sua experiência de "chuva de diamantes" para ver como o fenômeno ocorre em ar denso e rarefeito, enquanto a agência espacial norte-americana NASA planeja
uma missão a Urano e Netuno, possivelmente durante a próxima década.