Presidente do Chile reformula governo após chilenos rejeitarem texto da Constituição
18:47 06.09.2022 (atualizado: 18:48 06.09.2022)
© AP Photo / Marcio Jose SanchezPresidente chileno, Gabriel Boric fala durante sessão plenária na Cúpula das Américas, em 10 de junho de 2022
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O presidente chileno, Gabriel Boric, reformulou nesta terça-feira (6) o governo do país depois que a maioria dos cidadãos votou contra o texto de uma nova constituição durante um referendo.
No sábado, quase 62% dos residentes chilenos votaram contra o texto da nova Constituição.
Boric prometeu traçar as diretrizes que permitiriam a continuidade do processo de elaboração de uma nova Constituição e recolher propostas de diferentes setores políticos.
"Devemos responder a uma demanda da sociedade que exige mais respeito, justiça e igualdade", disse Boric durante a cerimônia de troca de gabinete.
O presidente chileno demitiu a ministra do Interior, Izkia Siches, e o secretário-geral do Ministério da Presidência, Giorgio Jackson Drago. Carolina Toha e Ana Lya Uriarte foram, respectivamente, nomeadas para esses cargos.
Ao mesmo tempo, Jackson não deixou o governo chileno: foi nomeado ministro do Desenvolvimento Social.
Além disso, Boric mudou os chefes dos ministérios da Saúde, Ciência e Energia do país.
A atual constituição do Chile foi aprovada em 1980, durante o governo do general chileno Augusto Pinochet, e entrou em vigor permanentemente em 1990. Desde então, foi alterada várias vezes — a última vez, em 2018.
No final de 2019, o Chile viu violentos protestos em todo o país, desencadeados por aumentos nas tarifas do metrô, com cidadãos pedindo educação e saúde gratuitas decentes, salários mais altos e tarifas mais baixas.
Ao mesmo tempo, Jackson não deixou o governo chileno: foi nomeado ministro do Desenvolvimento Social.
Além disso, Boric mudou os chefes dos ministérios da Saúde, Ciência e Energia do país.
A atual constituição do Chile foi aprovada em 1980, durante o governo do general chileno Augusto Pinochet, e entrou em vigor permanentemente em 1990. Desde então, foi alterada várias vezes — a última vez, em 2018.
No final de 2019, o Chile viu violentos protestos em todo o país, desencadeados por aumentos nas tarifas do metrô, com cidadãos pedindo educação e saúde gratuitas decentes, salários mais altos e tarifas mais baixas.
Em 2020, quase quatro em cada cinco chilenos votaram por uma nova Constituição que concederia mais direitos.