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Em evento com evangélicos, Lula pede voto 'com amor' e diz que 'não é aceitável pastor mentir'
Em evento com evangélicos, Lula pede voto 'com amor' e diz que 'não é aceitável pastor mentir'
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No mesmo dia em que foi noticiado o assassinato de um apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por um militante do presidente Jair Bolsonaro... 09.09.2022, Sputnik Brasil
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De olho no eleitorado evangélico, o ex-presidente Lula fez um comício com pastores e lideranças políticas fluminenses na cidade de São Gonçalo, que ostenta o título de terceiro maior colégio eleitoral do Rio de Janeiro e tem a maior concentração de evangélicos do país.O discurso do presidente foi antecedido por pastores. Os missionários relataram ter sofrido ameaças para não participarem do evento realizado no Centro Cultural Seven, antigo Clube Tamoio. Segundo reportagem de O Globo, a prefeitura de São Gonçalo, dirigida por um prefeito aliado de Bolsonaro, chegou a impedir a realização do comício em um clube maior.A denúncia feita pelo pastor dá o tom da campanha eleitoral violenta que o Brasil enfrenta em 2022. Poucas horas antes de Lula falar no evento, foi revelada a notícia de que Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, foi assassinado por Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, durante uma discussão política na quarta-feira (7). Rafael, apoiador de Bolsonaro, deu 15 facadas na vítima, que é lulista, e tentou decapitá-la com um machado.Em seu discurso, Lula fez questão de defender que seus eleitores votem com amor e não com ódio.O ex-presidente buscou se conectar ao eleitorado evangélico destacando os feitos sociais do seu governo. Lula também mirou nas mulheres, que compõem a maior parcela dos eleitores indecisos. O petista exaltou a figura da mãe, Dona Lindu, e destacou que nos programas sociais eram colocados nomes de mulheres. Tanto Lula quanto seu vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), e o candidato a governador Marcelo Freixo (PSB) enfatizaram a importância de se combater a violência doméstica."Eu sei que aqui no Rio de Janeiro, e em qualquer lugar do Brasil, a família toda se reunia no final de semana para comer um churrasquinho. Esse país pode ser reconstruído, mas precisa ser governado com base na verdade. Você não pode ter alguém que minta governando esse país. [...] Um presidente não tem que mentir. Não podemos continuar sendo governados por um presidente que adora mentir", completou, em crítica ao presidente Jair Bolsonaro. Lula acusou o presidente de transformar o 7 de Setembro em uma festa particular.O ex-presidente ainda aproveitou para criticar pastores evangélicos que disseminam fake news contra ele."Ninguém deve utilizar o nome de Deus em vão. Ninguém deve utilizar o nome de Deus para tentar ganhar votos. [...] Porque a hora que o cidadão vai à igreja, ele vai para cuidar da sua fé, sua espiritualidade, ele não está preocupado se o candidato é A ou B. Ali é o momento que ele está conversando com Deus e ali ele não quer que a gente se meta com a política", disse ainda.O pastor Oliver Costa Goiano, que conduziu a apresentação do evento, abriu os discursos justamente falando sobre fake news contra o ex-presidente. "Os governos Lula e Dilma de forma alguma foram governos 'abortistas'. A vitória contra a fome, a educação e o sucesso do Bolsa Família salvaram milhares de crianças neste país", declarou. O missionário disse que entendeu o quanto Lula defendeu o direito das mulheres em fazer procedimentos abortivos e citou os episódios de crianças que foram impedidas de abortar.A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), que é evangélica e ajudou na organização da atividade, disse à Sputnik Brasil que ficou emocionada. "Fiquei muito emocionada com o encontro da comunidade evangélica na manhã de hoje, em São Gonçalo, com Lula e Alckmin. Foi especial, potente, cheio de amor e júbilo. Foi como deve ser, pois fé não combina com ódio", disse.Em entrevista à Sputnik Brasil, a vendedora de salgados Rute Alves disse que o evento "demonstrou que nós, evangélicos, acreditamos que ele será o melhor presidente".A professora aposentada Dagmar Nascimento disse à Sputnik Brasil que espera o retorno de Lula e criticou o presidente Jair Bolsonaro: "Não é colocar uma Bíblia debaixo do braço, decorar alguns versículos e sair por aí com uma ideologia totalmente diferente do que é ser um verdadeiro cristão".O evento terminou com uma oração para Lula.
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Em evento com evangélicos, Lula pede voto 'com amor' e diz que 'não é aceitável pastor mentir'
19:14 09.09.2022 (atualizado: 11:28 15.09.2022) Especiais
No mesmo dia em que foi noticiado o assassinato de um apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por um militante do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Mato Grosso, o candidato do PT pregou, no Rio de Janeiro, que as pessoas votem com amor, e não com ódio. Pastores relatam que foram ameaçados para não participarem do evento.
De olho no eleitorado evangélico, o
ex-presidente Lula fez um comício com pastores e lideranças políticas fluminenses na cidade de São Gonçalo, que ostenta o título de terceiro maior colégio eleitoral do Rio de Janeiro e tem a maior concentração de evangélicos do país.
O discurso do presidente foi antecedido por pastores.
Os missionários relataram ter sofrido ameaças para não participarem do evento realizado no Centro Cultural Seven, antigo Clube Tamoio. Segundo reportagem de
O Globo, a prefeitura de São Gonçalo, dirigida por um prefeito
aliado de Bolsonaro, chegou a impedir a realização do comício em um clube maior.
"Não é fácil. Claro que não é, porque foi criado um clima de ódio. Muitos receberam ameaça para não estarem aqui. Eu recebi. Tem um vídeo que mostra pessoas nos ameaçando para não estar aqui. Ameaças! Queremos aqui dizer o seguinte: vote com consciência. Escolha o melhor para nossa nação, e Deus vai te orientar", disse o pastor Alair Lima, da Primeira Igreja Batista de Jardim Alcântara.
A denúncia feita pelo pastor dá o tom da campanha eleitoral violenta que o Brasil enfrenta em 2022. Poucas horas antes de Lula falar no evento, foi revelada a notícia de que
Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, foi assassinado por Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, durante uma discussão política na quarta-feira (7).
Rafael, apoiador de Bolsonaro, deu 15 facadas na vítima, que é lulista, e tentou decapitá-la com um machado.
Em seu discurso, Lula fez questão de defender que seus eleitores votem com amor e não com ódio.
"Quando você for votar, não pode digitar ódio, tem que digitar amor, esperança e o futuro que você quer pros filhos de vocês", disse Lula.
O ex-presidente buscou se conectar ao eleitorado evangélico destacando os feitos sociais do seu governo. Lula também mirou nas mulheres, que compõem a maior parcela dos eleitores indecisos. O petista exaltou a figura da mãe, Dona Lindu, e destacou que nos programas sociais eram colocados nomes de mulheres. Tanto Lula quanto seu vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), e o candidato a governador Marcelo Freixo (PSB) enfatizaram a importância de se combater a violência doméstica.
"O povo pobre não tem oportunidade, e o governo tem que dar oportunidade. Por isso esse país deu certo, por isso que aumentávamos o salário mínimo todo ano, por isso que a gente conseguiu criar 22 milhões de empregos, criamos o Minha Casa, Minha Vida. [...] O povo pobre que trabalha precisa de proteção, precisa de garantias. Não pode ficar desprotegido, como acontece hoje. Esse país já foi muito melhor", disse Lula.
"Eu sei que aqui no Rio de Janeiro, e em qualquer lugar do Brasil, a família toda se reunia no final de semana para comer um churrasquinho.
Esse país pode ser reconstruído, mas precisa ser governado com base na verdade. Você não pode ter alguém que minta governando esse país. [...] Um presidente não tem que mentir. Não podemos continuar sendo governados por um presidente que adora mentir", completou, em crítica ao
presidente Jair Bolsonaro.
Lula acusou o presidente de transformar o 7 de Setembro em uma festa particular.
O ex-presidente ainda aproveitou para criticar pastores evangélicos que disseminam fake news contra ele.
"Eu sei a quantidade de mentiras que contam a meu respeito, não é de hoje. Em 1989, quando concorri à Presidência pela primeira vez, me chamaram de 'demo'. Nunca houve na história do Brasil um presidente que tratasse a religião com a democracia que eu tratei [...]. Eu admito um ser humano normal mentir. Mas não é aceitável um pastor, que diz que fala em nome de Deus, mentir. Ninguém pode mentir em nome de Deus", afirmou.
"Ninguém deve utilizar o nome de Deus em vão. Ninguém deve utilizar o nome de Deus para tentar ganhar votos. [...] Porque a hora que o cidadão vai à igreja, ele vai para cuidar da sua fé, sua espiritualidade, ele não está preocupado se o candidato é A ou B. Ali é o momento que ele está conversando com Deus e ali ele não quer que a gente se meta com a política", disse ainda.
O pastor Oliver Costa Goiano, que conduziu a apresentação do evento, abriu os discursos justamente falando sobre fake news contra o ex-presidente. "Os governos Lula e Dilma de forma alguma foram governos 'abortistas'. A vitória contra a fome, a educação e o sucesso do Bolsa Família salvaram milhares de crianças neste país", declarou. O missionário disse que entendeu o quanto Lula defendeu o direito das mulheres em fazer procedimentos abortivos e citou os episódios de crianças que foram impedidas de abortar.
A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), que é evangélica e ajudou na organização da atividade, disse à Sputnik Brasil que ficou emocionada. "Fiquei muito emocionada com o encontro da comunidade evangélica na manhã de hoje, em São Gonçalo, com Lula e Alckmin. Foi especial, potente, cheio de amor e júbilo. Foi como deve ser, pois fé não combina com ódio", disse.
Em entrevista à Sputnik Brasil, a vendedora de salgados Rute Alves disse que o evento "demonstrou que nós, evangélicos, acreditamos que ele será o melhor presidente".
"Lula representa para nós, mulheres, principalmente mulheres negras e evangélicas, e para todo o povo pobre qualidade de vida e esperança para o povo sofrido que somos", disse Rute.
A professora aposentada Dagmar Nascimento disse à Sputnik Brasil que espera o retorno de Lula e criticou o presidente Jair Bolsonaro: "Não é colocar uma Bíblia debaixo do braço, decorar alguns versículos e sair por aí com uma ideologia totalmente diferente do que é ser um verdadeiro cristão".
O evento terminou com uma oração para Lula.