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Dois buracos negros supermassivos estão destinados a colidir nos próximos 3 anos, diz estudo

© Foto / Flickr.com / GPA Photo ArchiveBuracos negros supermassivos (imagem referencial)
Buracos negros supermassivos (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 10.09.2022
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As oscilações incomuns de luminosidade observadas no centro da galáxia SDSS J1430+2303, localizada a cerca de um bilhão de anos-luz da Terra, sugerem que dois buracos negros supermassivos podem colidir nos próximos três anos aponta um estudo recente da Academia de Ciências da China.
Trata-se de dois buracos negros que têm uma massa combinada de aproximadamente 200 milhões de sóis. Se for confirmado, os astrônomos acreditam que se fundirão em um único buraco negro, criando uma explosão de luz que nos ajudará a entender como estes fenômenos se formam.
As duas galáxias têm buracos negros supermassivos nos seus centros. Têm sido observados pares e grupos de galáxias que colidem, provocando o surgimento de grandes buracos negros que giram à volta uns dos outros em órbitas decrescentes nos seus centros. Isto é conhecido graças às oscilações na luz que é emitida do centro destas galáxias e pelas escalas de tempo regulares que suas órbitas sugerem.
A galáxia SDSS J1430+2303, situada na constelação de Bootes (ou Boieiro), tem um centro ativo com oscilações de luz que têm acelerado com o passar do tempo, escreve El Confidencial.
Segundo um artigo publicado por uma equipe de astrônomos liderada por Ning Jiang, da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, em um período de três anos, a periodicidade das oscilações passaram de um ano para um mês.
Visão do disco de acreção ao redor do buraco negro supermassivo, com estruturas semelhantes a jato fluindo para longe do disco - Sputnik Brasil, 1920, 16.06.2022
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Descoberto buraco negro supermassivo que engole o equivalente à massa da Terra por segundo
Se suas medições estiverem corretas, os elementos do sistema binário estão próximos demais para permitir que cada um deles mantenha uma região de linha larga individual, pelo que se espera que a "iminente" colisão dos buracos negros ocorra o mais tardar em 2025.
"É, provavelmente, o primeiro evento de coalescência [união] de um buraco negro binário supermassivo observável na história da humanidade", afirmam os pesquisadores. "As observações de rádio de J1430+2303 antes e depois da coalescência fornecerão um diagnóstico único de energia e do ambiente do buraco negro binário supermassivo".
O artigo foi aceito para a publicação na revista Astronomy & Astrophysics e está disponível no portal arXiv.
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